
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009
FALTA FORMAÇÃO E REMÉDIOS NAS UNIDADES DE CUIDADOS PALIATIVOS
Há unidades de cuidados paliativos que “ainda não têm recursos humanos devidamente formados nesta especialidade”, denuncia Isabel Galriça Neto, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, que refere ainda haver casos em que não existem os medicamentos obrigatórios ao tratamento, como insulina injectável. De acordo com a especialista, a associação tem recebido várias queixas de familiares a denunciaram estas carências. “Já houve um caso de pessoas que referiram não conseguir contactar o médico durante uma semana”. As boas práticas ditam que haja pelo menos um médico e um enfermeiro com formação avançada em cuidados paliativos. “Um clínico tem de estar pelo menos contactável e tem de haver alguém a vigiar diariamente um doente”. Isabel Galriça Neto referiu que os problemas são sobretudo sentidos em unidades privadas do distrito de Lisboa. José António Gonçalves, do IPO do Porto alerta que “além de ter havido poucos progressos nesta área nos últimos dois anos, muitos estão a ser feitos incorrectamente. Os profissionais não têm a formação adequada”.
CHAMUSCA: MISERICÓRDIA INAUGURA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS
A Misericórdia da Chamusca inaugura hoje uma Unidade de Cuidados Continuados, que aumentará a oferta da rede nacional em 43 camas para as tipologias de média duração e reabilitação (21 camas) e longa duração e manutenção (22 camas). Fernando Milheiro, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia da Chamusca, disse à agência Lusa que a Unidade foi instalada no antigo hospital da Santa Casa, numa adaptação orçada em 1,2 milhões de euros que contou com financiamentos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e da Câmara Municipal. Esta unidade vem juntar-se às quatro existentes no distrito de Santarém, duas delas de média duração e reabilitação (Liga dos Amigos do Hospital de Santarém e Misericórdia do Entroncamento), uma de longa duração e manutenção (Misericórdia de Tomar) e outra de cuidados paliativos (Centro Hospitalar do Médio Tejo).
DESEMPREGO ELEVADO PROVOCA AUMENTO DE REFORMAS ANTECIPADAS
O desemprego de longa duração, a afectar uma camada cada vez mais velha da população activa, está a “empurrar” os portugueses para a reforma antes do tempo. Segundo dados da Segurança Social, citados pelo Correio da Manhã, são quase 85 mil os trabalhadores que entraram na reforma antecipada por causa da situação de desemprego. Os mesmos dados revelam que, em Outubro, estavam na aposentação 148.313 pessoas com menos de 65 anos. Destas, 57% encontravam-se sem trabalhar. Referem ainda os mesmos dados que os meses de Abril e Agosto foram os períodos em que a tendência mais se agravou. Segundo Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, o Governo tem que ser questionado sobre esta matéria. “Inevitavelmente, o desemprego de longa duração agrava-se e afecta as gerações mais velhas”, diz.
PROVEDOR RECEBEU OITO QUEIXAS DE IDOSOS POR DIA
A Linha do Cidadão Idoso da Provedoria da Justiça reabriu a 9 de Novembro, depois de ter estado três meses suspensa (assim como a linha Recados da Criança) por ordem do novo provedor de Justiça, Alfredo de Sousa. Por existirem "ilegalidades" na contratação de funcionários, alguns a trabalhar na provedoria há mais de dez anos, o provedor suspendeu o serviço a 23 de Julho. A situação foi entretanto regularizada e a linha activada. Linha esta que nos primeiros sete meses do ano recebeu oito queixas por dia, o que equivale a 1.726 chamadas. "Muitos casos (73%) foram resolvidos apenas através da prestação de informação ou encaminhamento para a entidade competente", explica ao DN Conceição Lopes, chefe de gabinete do provedor de Justiça. Mas, se a maioria das situações é simples de resolver, há outras bem mais complicadas que, segundo a responsável, obrigaram à abertura "de um processo formal". Os idosos recorrem à Linha para se queixarem de maus-tratos e falta de condições ou para partilhar sonhos por realizar.
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