Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010
UA: DIAGNÓSTICO PRECOCE ALZHEIMER COM RESULTADOS PROMISSORES
A Universidade de Aveiro (UA) revelou que uma investigadora do Laboratório de Neurociências tem "obtido resultados promissores" na descoberta de um potencial biomarcador da doença de Alzheimer, visando um diagnóstico precoce da doença que afecta 90 mil portugueses. "Actualmente, o diagnóstico conclusivo da doença de Alzheimer só é possível após a morte, com a análise do cérebro dos pacientes. Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença, sobretudo numa fase precoce", explica Ana Gabriela Henriques. Em comunicado, avançado pela Lusa/Diário Digital, a investigadora explica que "a identificação de um novo biomarcador para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer ou para o seu prognóstico pode possibilitar, a longo prazo, uma intervenção farmacológica atempada e eficaz no alívio dos sintomas e na preservação das capacidades, com ganhos efectivos na qualidade de vida".
IDOSOS AÇORIANOS VIVEM NA SOLIDÃO
São cada vez mais frequentes os relatos de idosos que vivem sozinhos nas suas casas ou que são colocados em lares e depois "esquecidos" pelos seus familiares. São vítimas do abandono e, em alguns casos, dos mais diversos crimes, noticia o site Expresso das Nove. Nos Açores, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma das instituições que presta apoio e acompanha os idosos. Dados estatísticos da associação, referentes a 2008 e para o arquipélago dos Açores, revelam que 24 dos 177 utentes tinham idades superiores a 46 anos (46 a 55 anos - nove; 56 a 64 anos - sete; 65 e mais anos - oito). A caracterização profissional diz-nos que 13 vítimas identificadas eram reformadas. No ano em análise, a APAV apoiou 177 pessoas, das quais 106 eram do sexo feminino e 15 do sexo masculino. Os tipos de crime mais referidos são os maus-tratos físicos (25,3%) e os maus-tratos psíquicos (29,6%). Contudo, estes números estão muito aquém da realidade, afirma Helena Costa, gestora do gabinete de Ponta Delgada da APAV. "São muitos mais os idosos abandonados do que aqueles que se possa imaginar", refere, acrescentando que tal situação resulta de vários factores. "Muitos idosos optam por ir para um lar, e a própria APAV já encaminhou alguns, porque os filhos e/ou netos são toxicodependentes e roubam ou violentam-nos; ou porque foram assaltados e têm medo de ficar sozinhos em casa e de serem vítimas de espancamento ou violação, como já aconteceu em algumas situações", explica Helena Costa.
ALGARVE: VÍTIMAS DE ASSALTOS VIOLENTOS SÃO ESTRANGEIROS IDOSOS
Residentes estrangeiros sem domínio da língua portuguesa, com mais de 50 anos e a habitar casas isoladas de luxo são características das vítimas alvo dos assaltos violentos praticados recentemente no Algarve, segundo um retrato feito pela GNR. Em entrevista à Lusa, o responsável da GNR no Algarve explicou que desde Novembro passado foram registados quatro assaltos violentos a casas isoladas em Loulé e que a maioria das vítimas têm mais de 50 anos, são "estrangeiros residentes no Algarve" e habitam em casas isoladas com alguns "sinais de ostentação de riqueza". Os estrangeiros assaltados até ao momento eram de nacionalidade britânica, alemã e suíça, noticia o Diário de Sul. Jornalistas de órgãos de informação de língua inglesa no Algarve contaram à Agência Lusa que estão a receber várias cartas do leitor e e-mails de residentes estrangeiros a lamentar os assaltos na região e a falta de meios policiais para combater de forma rápida os crimes. Nessas cartas, alguns leitores da comunidade britânica no Algarve apelam ao Governo português para dar mais meios às autoridades policiais para actuarem contra os criminosos.
DESTAQUES DA SEMANA
SS QUER RESPONSABILIZAR QUEM DEIXA IDOSOS EM LARES ILEGAIS
A Segurança Social quer que as famílias dos idosos deixados em lares clandestinos, sem condições, sejam responsabilizadas pelo crime de abandono, noticia o CM. Situações como a detectada esta semana em Pocariça, Cantanhede, onde estavam seis idosas abandonadas num lar ilegal, serão participadas ao Ministério Público (MP) para apuramento de responsabilidades dos donos e dos familiares. Verifica-se com frequência que as famílias “são cúmplices dos proprietários de lares ilegais, pois em regra colaboram na ocultação de provas”, afirmou ao CM uma fonte do Instituto da Segurança Social (ISS). E não dão as verdadeiras moradas, nem fornecem qualquer dado que permita localizá-los, para que se responsabilizem pelos idosos, adiantou. Nesses casos, o ISS “tenta efectuar uma qualificação preliminar” e depois comunica às instâncias judiciais competentes para que “as famílias sejam julgadas e punidas”, no caso de se provar que actuaram de forma criminosa.
IDOSOS COM ALIMENTAÇÃO POUCO SAUDÁVEL
Mais de metade dos idosos come vegetais, fruta e peixe com pouca frequência, dois terços abusam dos doces e muitos não tomam o pequeno-almoço, noticia o DN. Estas são as principais conclusões de um inquérito realizado pela Deco Pro Teste junto de mais de 3400 portugueses entre os 65 e os 79 anos que não vivem em lares de terceira idade. Os dados apontam para que cerca de 40 mil idosos em todo o País tenham dificuldades financeiras para satisfazer as necessidades de alimentação. Peixe magro, certas carnes (vaca, borrego e coelho), leite e queijo, alguns dos quais vitais numa boa alimentação, tendem a ser evitados por razões económicas. Mais de metade dos entrevistados moram com o cônjuge e um quarto habita na casa dos filhos, mas 15% garantem passar grande parte do dia sozinhos. Na maioria dos casos, os próprios fazem as compras para preparar as refeições. O preço é o factor que mais pesa na escolha, indicado por 64%. Já para metade, conta mais o sabor e o facto de os alimentos serem saudáveis. Os idosos fazem, segundo o estudo da Deco Pro Teste, quatro refeições diárias, o que é pouco. E, com o avançar da idade, o número diminui. A baixa frequência com que a maioria come fruta e vegetais é grave. Estes alimentos são importantes pela riqueza em vitaminas e outros nutrientes essenciais. Também a preferência pela carne em detrimento do peixe é uma opção menos saudável. Mas 65% não o comem todos os dias, enquanto apenas 35% prescindem da carne. A diferença de preços é uma das explicações. As bebidas alcoólicas fazem parte da dieta, sobretudo dos homens: 47% bebem mais de dois copos por dia, o que é excessivo. Outro pecado são os doces, que 70% indicaram comer, pelo menos, duas vezes ao dia.
MORTES ASSOCIADAS À DIABETES SOBEM 36% DE 2000 PARA 2008
O número de mortes associadas à diabetes subiu 36% em apenas oito anos, passando de 3.133, em 2000, para 4.267 óbitos em 2008, de acordo com dados do Observatório Nacional da Diabetes. José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, refere ao DN que a doença é já responsável por 4,1% das mortes nacionais, "quer enquanto causa única ou associada a outras doenças". Ao contrário do que acontece com outras patologias, onde houve aposta na prevenção, "a mortalidade na diabetes está a aumentar" desde 2002, tendo, porém, estabilizado entre 2004 e 2008. Além disso, muitos dos óbitos apontados por AVC ou enfarte são associados à diabetes, diz o médico.
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A Universidade de Aveiro (UA) revelou que uma investigadora do Laboratório de Neurociências tem "obtido resultados promissores" na descoberta de um potencial biomarcador da doença de Alzheimer, visando um diagnóstico precoce da doença que afecta 90 mil portugueses. "Actualmente, o diagnóstico conclusivo da doença de Alzheimer só é possível após a morte, com a análise do cérebro dos pacientes. Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença, sobretudo numa fase precoce", explica Ana Gabriela Henriques. Em comunicado, avançado pela Lusa/Diário Digital, a investigadora explica que "a identificação de um novo biomarcador para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer ou para o seu prognóstico pode possibilitar, a longo prazo, uma intervenção farmacológica atempada e eficaz no alívio dos sintomas e na preservação das capacidades, com ganhos efectivos na qualidade de vida".
IDOSOS AÇORIANOS VIVEM NA SOLIDÃO
São cada vez mais frequentes os relatos de idosos que vivem sozinhos nas suas casas ou que são colocados em lares e depois "esquecidos" pelos seus familiares. São vítimas do abandono e, em alguns casos, dos mais diversos crimes, noticia o site Expresso das Nove. Nos Açores, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma das instituições que presta apoio e acompanha os idosos. Dados estatísticos da associação, referentes a 2008 e para o arquipélago dos Açores, revelam que 24 dos 177 utentes tinham idades superiores a 46 anos (46 a 55 anos - nove; 56 a 64 anos - sete; 65 e mais anos - oito). A caracterização profissional diz-nos que 13 vítimas identificadas eram reformadas. No ano em análise, a APAV apoiou 177 pessoas, das quais 106 eram do sexo feminino e 15 do sexo masculino. Os tipos de crime mais referidos são os maus-tratos físicos (25,3%) e os maus-tratos psíquicos (29,6%). Contudo, estes números estão muito aquém da realidade, afirma Helena Costa, gestora do gabinete de Ponta Delgada da APAV. "São muitos mais os idosos abandonados do que aqueles que se possa imaginar", refere, acrescentando que tal situação resulta de vários factores. "Muitos idosos optam por ir para um lar, e a própria APAV já encaminhou alguns, porque os filhos e/ou netos são toxicodependentes e roubam ou violentam-nos; ou porque foram assaltados e têm medo de ficar sozinhos em casa e de serem vítimas de espancamento ou violação, como já aconteceu em algumas situações", explica Helena Costa.
ALGARVE: VÍTIMAS DE ASSALTOS VIOLENTOS SÃO ESTRANGEIROS IDOSOS
Residentes estrangeiros sem domínio da língua portuguesa, com mais de 50 anos e a habitar casas isoladas de luxo são características das vítimas alvo dos assaltos violentos praticados recentemente no Algarve, segundo um retrato feito pela GNR. Em entrevista à Lusa, o responsável da GNR no Algarve explicou que desde Novembro passado foram registados quatro assaltos violentos a casas isoladas em Loulé e que a maioria das vítimas têm mais de 50 anos, são "estrangeiros residentes no Algarve" e habitam em casas isoladas com alguns "sinais de ostentação de riqueza". Os estrangeiros assaltados até ao momento eram de nacionalidade britânica, alemã e suíça, noticia o Diário de Sul. Jornalistas de órgãos de informação de língua inglesa no Algarve contaram à Agência Lusa que estão a receber várias cartas do leitor e e-mails de residentes estrangeiros a lamentar os assaltos na região e a falta de meios policiais para combater de forma rápida os crimes. Nessas cartas, alguns leitores da comunidade britânica no Algarve apelam ao Governo português para dar mais meios às autoridades policiais para actuarem contra os criminosos.
DESTAQUES DA SEMANA
SS QUER RESPONSABILIZAR QUEM DEIXA IDOSOS EM LARES ILEGAIS
A Segurança Social quer que as famílias dos idosos deixados em lares clandestinos, sem condições, sejam responsabilizadas pelo crime de abandono, noticia o CM. Situações como a detectada esta semana em Pocariça, Cantanhede, onde estavam seis idosas abandonadas num lar ilegal, serão participadas ao Ministério Público (MP) para apuramento de responsabilidades dos donos e dos familiares. Verifica-se com frequência que as famílias “são cúmplices dos proprietários de lares ilegais, pois em regra colaboram na ocultação de provas”, afirmou ao CM uma fonte do Instituto da Segurança Social (ISS). E não dão as verdadeiras moradas, nem fornecem qualquer dado que permita localizá-los, para que se responsabilizem pelos idosos, adiantou. Nesses casos, o ISS “tenta efectuar uma qualificação preliminar” e depois comunica às instâncias judiciais competentes para que “as famílias sejam julgadas e punidas”, no caso de se provar que actuaram de forma criminosa.
IDOSOS COM ALIMENTAÇÃO POUCO SAUDÁVEL
Mais de metade dos idosos come vegetais, fruta e peixe com pouca frequência, dois terços abusam dos doces e muitos não tomam o pequeno-almoço, noticia o DN. Estas são as principais conclusões de um inquérito realizado pela Deco Pro Teste junto de mais de 3400 portugueses entre os 65 e os 79 anos que não vivem em lares de terceira idade. Os dados apontam para que cerca de 40 mil idosos em todo o País tenham dificuldades financeiras para satisfazer as necessidades de alimentação. Peixe magro, certas carnes (vaca, borrego e coelho), leite e queijo, alguns dos quais vitais numa boa alimentação, tendem a ser evitados por razões económicas. Mais de metade dos entrevistados moram com o cônjuge e um quarto habita na casa dos filhos, mas 15% garantem passar grande parte do dia sozinhos. Na maioria dos casos, os próprios fazem as compras para preparar as refeições. O preço é o factor que mais pesa na escolha, indicado por 64%. Já para metade, conta mais o sabor e o facto de os alimentos serem saudáveis. Os idosos fazem, segundo o estudo da Deco Pro Teste, quatro refeições diárias, o que é pouco. E, com o avançar da idade, o número diminui. A baixa frequência com que a maioria come fruta e vegetais é grave. Estes alimentos são importantes pela riqueza em vitaminas e outros nutrientes essenciais. Também a preferência pela carne em detrimento do peixe é uma opção menos saudável. Mas 65% não o comem todos os dias, enquanto apenas 35% prescindem da carne. A diferença de preços é uma das explicações. As bebidas alcoólicas fazem parte da dieta, sobretudo dos homens: 47% bebem mais de dois copos por dia, o que é excessivo. Outro pecado são os doces, que 70% indicaram comer, pelo menos, duas vezes ao dia.
MORTES ASSOCIADAS À DIABETES SOBEM 36% DE 2000 PARA 2008
O número de mortes associadas à diabetes subiu 36% em apenas oito anos, passando de 3.133, em 2000, para 4.267 óbitos em 2008, de acordo com dados do Observatório Nacional da Diabetes. José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, refere ao DN que a doença é já responsável por 4,1% das mortes nacionais, "quer enquanto causa única ou associada a outras doenças". Ao contrário do que acontece com outras patologias, onde houve aposta na prevenção, "a mortalidade na diabetes está a aumentar" desde 2002, tendo, porém, estabilizado entre 2004 e 2008. Além disso, muitos dos óbitos apontados por AVC ou enfarte são associados à diabetes, diz o médico.
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