sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Newsletter Mundo Sénior 22 Janeiro 10


Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010

GENÉRICOS GRATUITOS JÁ CUSTARAM 35 MILHÕES DE EUROS AO ESTADO
A comparticipação a 100% dos medicamentos genéricos a pensionistas mais pobres já custou ao Estado 35 milhões de euros, avança o Diário Económico. A medida entrou em vigor em Junho passado, mas em apenas seis meses o Governo já gastou o que estava previsto para um ano inteiro. Isto porque o estudo financeiro que serviu de base à medida previa que os encargos para o SNS fossem de 38,7 milhões de euros anuais. Ao Económico, o secretário de Estado da Saúde admite que a medida "teve impacto orçamental". No entanto, Óscar Gaspar frisa que teve igualmente "um alcance social importante" e garante que não vai ser alterada: O Estado continuará a comparticipar a totalidade da despesa com medicamentos genéricos aos pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional.

OITO EM DEZ PESSOAS QUE CUIDAM DE IDOSOS SOFREM DE STRESS
Aproximadamente 80% das pessoas que cuidam de um familiar idoso sofrem de ansiedade ou stress, segundo uma investigação da Universidade de Granada, em Espanha. O estudo foi realizado com 203 cuidadores informais de pessoas idosas dependentes e confirmou os riscos de problemas de saúde mental para estes cuidadores, particularmente para as filhas dos idosos, que frequentemente cumprem esse papel. “Os efeitos do stress e da ansiedade são conhecidos por afectar o cuidador informal, mas acreditamos que essas varáveis são insuficientes para explicar a variabilidade que ocorre no comportamento do cuidador na sua relação com aqueles que recebem os cuidados”, concluíram os autores. “O cuidado altamente stressante pode ser crónico e inclui muitos aspectos difíceis e incontroláveis, como o facto de testemunhar o sofrimento do familiar, problemas financeiros, isolamento social e o desempenho de tarefas árduas, quer física quer psicologicamente”, ressalvam especialistas da Universidade do Sul da Florida, nos EUA, num outro estudo recente sobre o assunto.

GASTOS COM REFORMAS AUMENTAM MAIS DE 1,1 MIL MILHÕES
Os custos com pensões da Segurança Social aumentaram mais de 1,1 mil milhões de euros o ano passado, em comparação com o período homólogo de 2008. A notícia é avançada pelo Correio da Manhã que cita dados da Direcção-Geral do Orçamento sobre a execução orçamental. O jornal diz que o custo das pensões tem subidas médias de seis por cento. No final do ano passado, Portugal gastou 20,6 mil milhões de euros em pensões, quase 13 por cento do Produto Interno Bruto. A subida desta despesa é explicada pela corrida às reformas antecipadas. Dos 21.448 aposentados na Caixa Geral de Aposentações (CGA), 10.493 referem-se a pedidos de reforma antes do tempo. Já na Segurança Social, das 148.313 reformas antecipadas registadas até Outubro, 85 mil eram de pessoas desempregadas.

CADAVAL: CAMPUS SOCIAL DO OLIVAL ABRE LAR PARA 60 IDOSOS
O “Campus Social do Olival”, inaugurado esta semana pela ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena André, é referenciado pela administração central como um dos maiores investimentos do PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) no distrito de Lisboa. O novo equipamento contempla um lar com capacidade para 60 idosos, um centro de dia também para 60 utentes, apoio domiciliário para 100 famílias e uma creche para 64 crianças. A infra-estrutura iniciou a actividade no passado mês de Dezembro, tendo já a funcionar o lar da terceira idade, que por seu turno já se encontra com idosos em lista de espera. Presentemente, o campus emprega 25 trabalhadores. A associação conta avançar também, a breve trecho, com as valências de centro de dia e apoio domiciliário. O projecto social foi financiado em cerca de 1,3 milhões de euros, de um total de investimento de três milhões de euros.

DESTAQUES DA SEMANA

ACIPI LANÇA NÚCLEOS SOLIDÁRIOS PARA CUIDADORES INFORMAIS NÃO ACTIVOS
A ACIPI, Associação de Cuidadores Informais da Pessoa Idosa, iniciou junto do universo dos seus associados (cuidadores informais activos e não activos) uma campanha de forte componente social cujo objectivo é incentivar e reforçar os laços de entreajuda e solidariedade despertados com os cursos que já frequentaram. Aos cuidadores informais activos que frequentaram os cursos da ACIPI, a associação continua a disponibilizar um número de atendimento e um serviço FARMAJUDA 24 que permite ao cuidador informal beneficiar de um serviço técnico e de orientação na aquisição dos mais diversos produtos para incontinência, conforto e bem-estar, material para cuidados de saúde, ajudas técnicas, entre outros. Quanto aos cuidadores informais não activos, a ACIPI criou os Núcleos Solidários, tornando possível levar mais longe a solidariedade e os conhecimentos adquiridos pelos participantes nos cursos para Cuidadores Informais promovidos pela ACIPI. Desta forma pode ser proporcionado aos doentes e seus acompanhantes, que são confrontados com uma situação de doença e ou dependência, um apoio imprescindível que pode em muito contribuir para uma significativa melhoria das suas condições de vida e bem estar, podendo ser também a resposta para problema sociais que nem sempre carecem de intervenção profissional especializada. Os sócios da ACIPI que queiram contactar com os Núcleos Solidários podem enviar um e-mail para acipinfo@gmail.com.


TAXA DE POBREZA BAIXOU ENTRE OS IDOSOS
Portugal manteve-se em 2008 com uma taxa de pobreza de 18%, ligeiramente superior à da média europeia (17%), noticia o Jornal de Negócios. Mas os dados mais recentes, divulgados pelo Eurostat, revelam uma descida considerável do risco de pobreza entre os mais idosos reformados, que é, porém, contrariada por um risco de pobreza acrescido entre os que têm até 18 anos. Segundo o gabinete de estatística da União Europeia, 18% da população portuguesa viveu em 2008 (último ano para os quais há dados comparáveis ao nível europeu) com menos de 60% do rendimento médio nacional per capita, definição que corresponde ao “limiar de pobreza” e, que, no caso português, se traduziu em 5800 euros anuais. Trata-se do mesmo valor que o apurado no ano anterior, numa tendência de estabilização do risco de pobreza seguida pela média europeia. Um olhar mais atento à evolução da taxa de risco de pobreza por classes etárias revela, no entanto, alterações significativas entre 2007 e 2008. No espaço de um ano, o risco de pobreza entre os mais novos (até aos 17 anos inclusive) passou de 21% para 23%. Já entre os que têm mais de 65 anos observou-se uma redução, de 26% para 21%. Entre os empregados, o risco de pobreza manteve-se em 12%. Estes valores comparam com médias na UE-27 de 20%, 19% e 8%, respectivamente, com Portugal a exibir taxas mais elevadas em todos os segmentos.

GOVERNO VAI CRIAR REDE NACIONAL DE CUIDADOS INTEGRADOS EM TODO O PAÍS ATÉ 2013

O Governo quer antecipar de 2016 para 2013 a conclusão da cobertura nacional da Rede de Cuidados Continuados Integrados para aumentar o apoio e a protecção aos idosos, acrescentando mais 10 mil camas às cerca de quatro mil existentes. Esta é uma das apostas governamentais indicadas nas Grandes Opções do Plano 2010-2013, um documento que inclui as principais linhas de actuação do Governo e que foi divulgado ontem, noticia a Lusa/Sapo. Segundo o Executivo de José Sócrates, o crescente envelhecimento da população e o grande peso das doenças crónicas para os doentes e para as famílias justificam que nesta legislatura seja feito um esforço acrescido para antecipar os prazos de implementação inicialmente previstos para a rede de cuidados continuados.

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