quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Newsletter Mundo Sénior 11 Fevereiro 10








MÉDICOS APOSENTADOS AUMENTARAM UM TERÇO EM 2009
Em 2009, aumentou em um terço o número de médicos que pediram a reforma, passando dos 380, em 2008, para os 503 pedidos de aposentação, o que representa um acréscimo de 123 reformas, noticia o CM. Os sindicatos crêem que esse número vai disparar ainda mais durante este ano, devido às novas fórmulas de cálculo das pensões, e alertam que o problema irá reflectir-se no aumento dos utentes sem médico ou no aumento das listas de espera para consultas e para cirurgias. Carlos Santos, dirigente do Sindicato Independente dos Médicos, está convicto de que haverá “uma sangria” de médicos no Serviço Nacional de Saúde. “Parece que o Governo está a pedir aos médicos para saírem, o que vai ser o colapso do SNS. Quem paga é o utente.” Há muitos médicos que estão a pedir a reforma, apesar de terem altas penalizações: mais de 20 por cento de desconto na remuneração por cada ano até atingir a idade da reforma. Carlos Santos justifica: “Compensa mais ter uma penalização alta e ir trabalhar para o privado do que continuar no SNS”. Mário Jorge, presidente da Federação Nacional dos Médicos, salienta o mal-estar na classe. “Há um mau ambiente e um sentimento generalizado de desagrado porque há desrespeito pela autonomia técnica do médico e este vai-se embora, não está para pactuar com a situação.”

MINISTRA DO TRABALHO QUER TRAVAR AS REFORMAS ANTECIPADAS
O saldo da Segurança Social é cada vez mais baixo, fazendo adivinhar que o sistema deverá tornar-se deficitário mais cedo do que o previsto. Helena André garantiu, aos microfones da Renascença, que a sustentabilidade do sistema “não está em causa” e que tem cumprido cabalmente as funções para que foi criado, nomeadamente numa altura de crise como a que vivemos. Apesar de tudo, ressalva a ministra do Trabalho e Solidariedade Social, é preciso pensar no futuro, o que passa por criar condições para que as pessoas fiquem no mercado de trabalho até mais tarde e não recorram às reformas antecipadas. “Vamos ter que ter a capacidade para manter no mercado de trabalho durante mais tempo as pessoas que hoje saem precocemente e, para isso, vamos ter que ter a coragem de aumentar a qualidade do emprego, vamos ter a qualidade de poder ter medidas inovadoras que possam permitir a essas pessoas manter-se no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, criar o espaço para que os jovens possam ter acesso ao mercado de trabalho em condições menos precárias”, afirmou.

GRANDE PARTE DOS DOENTES MENTAIS DEVOLVIDOS À COMUNIDADE VAI PARA LARES
Desde 2007, ano em que foi aprovado o Plano Nacional da Saúde Mental, saíram dos hospitais psiquiátricos 207 doentes dos cerca de 1000 que estavam internados naquelas unidades, noticia o jornal i. Uma grande parte (71 só na Grande Lisboa) foi remetida para lares e casas de repouso. É a primeira vez que é divulgado um balanço da reforma em curso, que tem como grande objectivo pôr fim aos internamentos prolongados dos doentes mentais em grandes enfermarias e devolvê-los aos seus locais de origem - preferencialmente às famílias ou a unidades especializadas, caso estas não tenham condições para os acolher. A ideia merece a concordância dos especialistas, mas a sua concretização tem sido alvo de críticas, principalmente pela sua "lentidão". O problema é que a legislação que permite criar cuidados continuados integrados de saúde mental para estas pessoas apenas foi publicada no final de Janeiro, quando devia ter começado em 2008. E o plano refere que nenhum serviço pode ser desactivado sem estarem criadas alternativas. Por isso, a Coordenação Nacional para a Saúde Mental defende que "todas as saídas antecederam o programa nacional de desinstitucionalização, cuja implementação plena se tornou possível" só agora. Certo é que no Miguel Bombarda, em Lisboa, ou no Lorvão, em Coimbra, várias enfermarias já foram encerradas. "Estes doentes têm sido remetidos para lares, fundamentalmente financiados pela Segurança Social", o que prova que a reestruturação está longe de seguir os planos que lhe deram origem, defende João Semedo, do BE, lembrando que a criação de serviços nos hospitais distritais "apenas terá chegado a umas 15 unidades, um número bastante reduzido".

SUBIDA DE GASTOS COM FÁRMACOS EM 2009 FOI A MAIOR EM CINCO ANOS
Os gastos na comparticipação de medicamentos atingiram 1,5 mil milhões de euros, mais 6,3% que em 2008, noticia o Público. O Infarmed considera que este crescimento possa ser justificado por algumas medidas introduzidas, como a comparticipação a 100% dos genéricos para os pensionistas de rendimentos anuais inferiores a 14 vezes o salário mínimo nacional, bem como a não-redução do preço de referência em consequência da baixa de 30% no preço dos genéricos. Em 2009, foram vendidos 40,5 milhões de embalagens de genéricos (mais 18,5% que em 2008), representando 591 milhões de euros (menos 5%). A quota de mercado destes medicamentos subiu para 15,93% (em 2008 era de 13,63%).

AÇORES SÓ TÊM 173 CAMAS DE CUIDADOS CONTINUADOS
Nos Açores há mais de três mil idosos dependentes. Cerca de 300 idosos, 10% do total, precisam de cuidados continuados. No entanto, só existem 173 camas disponíveis para os receber. Os cuidados continuados de saúde têm como objectivo o apoio às pessoas que estão no seu domicilio em situação de dependência física, mental e social. A rede de cuidados continuados foi criada a nível nacional em 2006 mas nos Açores só foi legislada dois anos depois, em 2008. Só há poucos meses é que está a ser aplicada e ainda não chegou a todas as ilhas, destaca a RTP Açores. O serviço funciona através de protocolos com as Santas Casas da Misericórdia e irá abranger também os Centros de Saúde.

DESPORTO: MÁRIO MONIZ PEREIRA REGRESSA ÀS PISTAS AOS 89 ANOS
O 'senhor atletismo', que hoje comemora mais um aniversário, continua activo controlando os treinos dos atletas leoninos. "Não desisto. Vou resistindo mas sinto-me cansado. Estou a perder capacidades físicas todos os meses mas quero dar o exemplo como sempre fiz. Estar no local de treino junto dos atletas é fundamental para o sucesso", defende Moniz Pereira, explicando ao DN o porquê do seu regressou às pistas para controlar os treinos dos atletas quando comemora o seu 89.º aniversário. Todas as semanas, o "senhor atletismo", de cronómetro na mão, regista os tempos dos treinos dos jovens sportinguistas que acredita poderem conquistar o título europeu de clubes. Um sonho que pode repetir depois de em 2001 ter atingido esse troféu. "Vamos tentar ganhar a Taça dos Clubes Campeões Europeus este ano porque temos hipóteses, a nossa equipa de atletismo é a melhor de sempre", aposta o homem que criou a Escola Portuguesa de Meio-Fundo e o importante método de treino nacional que lhe deu o estatuto de melhor treinador na década de 80, formando gerações de fundistas portugueses, tendo aberto caminho até ao primeiro ouro olímpico português com Carlos Lopes na maratona dos Jogos de Los Angeles, em 1984.


MAUS-TRATOS A IDOSOS: VÍTIMAS TEMEM CONSEQUÊNCIAS DA DENÚNCIA
A grande maioria dos idosos vítimas de maus-tratos é do sexo feminino e o número de casos aumenta de ano para ano. Os lares, entretanto, vão ter de dar prioridade aos seniores vítimas de agressão, de acordo com recente proposta de lei do Governo, enquanto os hospitais se debatem com os seniores abandonados pelas famílias que alegam não os poder receber. Entre 2007 e 2008, houve um aumento de 20,4% no número de queixas recebidas pela APAV, relativamente a maus-tratos contra idosos. Esta e outras notícias estão agora disponíveis na edição digital do Jornal Mundo Sénior.

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