segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Newsletter Mundo Sénior 15 Fevereiro 10

UM EM CADA QUATRO IDOSOS FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA EM 2009
Um estudo europeu revela que mais de um quarto da população portuguesa com mais de 60 anos foi vítima de um acto de violência física, psicológica, sexual ou financeira, ao longo do último ano, noticia a TSF. O estudo analisou, pela primeira vez, o fenómeno da violência na terceira idade, e concluiu que 4 em cada 10 idosos portugueses foram alvo de maus tratos, nalgum momento durante a vida. De acordo com Henrique Barros, coordenador do estudo em Portugal, a violência faz parte da vida de muitos idosos no nosso país, verificando-se em cerca de 40 por cento das pessoas que estão na terceira idade. Os maus tratos psicológicos são os mais frequentes, sendo o agressor considerado íntimo da vítima. “São as pessoas que tomam conta dos idosos, que na maior parte dos casos, eram filhos ou o parceiro”, explicou o professor da Faculdade de Medicina do Porto. A violência atinge sobretudo as mulheres, mas o número de vítimas masculinas surpreendeu os investigadores. “Este trabalho mostrou, pela primeira vez, na Europa em geral, que uma proporção importante de homens também são vítimas de violência: 15 por cento são homens e 25 por cento são mulheres”, revelou Henrique Barros. O estudo europeu incidiu ainda nas doenças associadas à violência que, muitas vezes, passam despercebidas, como é o caso das depressões ou das perturbações no sono e no sistema digestivo. “Estamos a falar de sofrimento que é processado intimamente e que depois emerge sob forma de doenças que nós consideramos banais e que habitualmente nem sequer associamos à violência”, avançou o especialista. Para além de Portugal, o estudo passou pela Suécia, Lituânia, Alemanha, Grécia, Itália e Espanha. Dos 7 países estudados, Portugal não apresenta os piores resultados, mas destacou-se pela negativa entre as nações do sul da Europa.

FRIO PODE ESTAR NA ORIGEM DE MORTE DE QUATRO IDOSOS EM LISBOA
As baixas temperaturas que se fizeram sentir ontem, domingo, e que levaram a Protecção Civil a emitir um alerta amarelo para metade do país, poderão estar na origem da morte de quatro idosos em Lisboa, noticia o JN. A percepção é de fonte da PSP, segundo a qual este é um número de óbitos anormalmente elevado. Em declarações à Agência Lusa, a mesma fonte adiantou que as pessoas estavam em casa. No Porto, não havia indicação de situações nesse sentido, apesar de as temperaturas serem as mesmas da região de Lisboa. A Sul, por volta das 17 horas, as temperaturas registadas nas estações meteorológicas andavam pelos oito graus, embora a temperatura realmente sentida pelas pessoas seja inferior. O intenso frio que se fez sentir foi provocado por “uma massa de ar polar, vinda do Norte da Europa”. Entretanto, a Protecção Civil alertou para a possível queda de neve durante o dia de hoje, sobretudo na Região Centro.

NOVOS MEDICAMENTOS EM 2010 PODEM BENEFICIAR MILHARES DE DOENTES
Um novo medicamento para o cancro avançado da próstata, para a osteoporose e para a dor são apenas alguns dos novos fármacos que chegam este ano a Portugal e podem beneficiar milhares de doentes. A EMEA (Agência Europeia do Medicamento) aprovou em 2009 mais de 65 remédios inovadores, além de genéricos e remédios que alargaram a utilização a outras doenças, destaca o DN. Para as mulheres, surge uma nova resposta na prevenção da osteoporose, que afecta perto de meio milhão de portugueses, e uma em cada três mulheres após a menopausa. A doença caracteriza-se pela perda de densidade óssea e está associada a milhares de fracturas por ano. O fármaco da Pfizer, bazedoxifene, foi aprovado pela EMEA em Fevereiro e deve chegar este ano - o pedido de comparticipação foi para o Infarmed em Dezembro. O medicamento reduziu em 50% as fracturas ao fim de dois anos. A densidade óssea das mulheres manteve-se. No tratamento do cancro da próstata avançado surge mais uma alternativa terapêutica: o degarelix. "É um antagonista do LHRH, uma hormona responsável pela produção de testosterona, que agrava o cancro", explicou ao DN Tomé Matos Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Urologia. Para além de evitar a castração cirúrgica do homem, passando a ser feita através de medicamentos, tem a vantagem de reduzir logo os níveis de testosterona. Outra das novidades é a lidocaína, embora seja usada contra a dor já há muito tempo. Este ano, porém, chegará a Portugal uma nova formulação (lidoderme) por parte da Grünenthal. "É um emplastro embebido num hidrogel que controla a dor localmente e não actua como é habitual, ou seja, como anestésico." Primeiro fica "nas camadas superficiais da pele e actua sobre as fibras nervosas adormecendo a dor", explicou Jorge Brandão, director médico da empresa. Até agora, tem sido aplicado numa doença de pele: a zona. O tratamento tem sido utilizado com autorizações de utilização especial. O Infarmed está agora a avaliar a sua introdução nas farmácias. Em breve, poderá ser aplicado noutras circunstâncias, como a neuropatia diabética.

LISBOA: QUASE METADE DA BAIXA É HABITADA POR IDOSOS
Quase metade da população da freguesia de São Nicolau (que abrange a maior parte da Baixa lisboeta) é composta por idosos, muitos dos quais vivem sozinhos e nos últimos pisos de edifícios parcialmente devolutos (com dois ou três moradores), como aquele onde, na madrugada de ontem, deflagrou um incêndio que fez uma vítima mortal: Aurora Duarte, 84 anos. "Temos cerca de 500 pessoas com mais de 65 anos a viver numa freguesia onde a população recenseada é composta por 1155 pessoas", refere o presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel, preocupado como as condições em que se encontram muitos dos edifícios. É que 88 imóveis têm grandes necessidades de reparação, sendo que outros 70 são devolutos, ou seja, 30% do edificado nesta freguesia, que é, em termos percentuais, a segunda com maior concentração de edifícios degradados, refere o DN. Segundo um estudo da Universidade Católica Portuguesa em que foram feitos 85 questionários, a esmagadora maioria dos inquiridos disse viver numa casa arrendada e 35,3% referem que a casa onde habitam está degradada.
EDUCAÇÃO VAI AUMENTAR QUALIDADE DE VIDA DAS IDOSAS
Até 2020 vai ocorrer uma forte redução no número de idosas com baixo nível de escolaridade, o que irá conduzir a um aumento na qualidade de vida. Rendimentos superiores, estatuto social elevado e maior independência são algumas das consequências desta evolução no grau de instrução. Esta e outras notícias estão agora disponíveis na edição digital do Jornal Mundo Sénior.

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