Newsletter Mundo Sénior 18 Fevereiro 10

LISBOA: DUAS FREGUESIAS AVANÇAM COM PROJECTO “TRANSPORTE SOLIDÁRIO”
A Comissão Social Inter-freguesias de Santa Maria de Belém e de São Francisco Xavier criou o projecto “Transporte Solidário”, resultante de uma parceria entre entidades públicas e privadas, que desenvolvem projectos na área geográfica destas duas freguesias da cidade de Lisboa. A iniciativa tem por objectivo o transporte organizado e gratuito de pessoas adultas em situação de isolamento social para serviços de saúde e actividades específicas, numa tentativa de combater a exclusão social e a solidão. A cerimónia de apresentação pública deste projecto vai decorrer no próximo dia 4 de Março, pelas 18h00, no Padrão dos Descobrimentos em Belém.

CIÊNCIA: PORTUGUÊS AJUDA A COMPREENDER BASE DO ENVELHECIMENTO

Um investigador português identificou o processo molecular que termina a actividade das células, associado ao seu envelhecimento, o que, não sendo o elixir da juventude, pode permitir reduzir danos de doenças cardiovasculares, diabetes ou cancro. João Passos, investigador do Instituto para a Saúde e Envelhecimento (Institute for Ageing and Health) da Universidade de Newcastle, explicou à Lusa/RR que o mecanismo agora identificado justifica porque pára a divisão celular, um processo normal no organismo que cessa a partir de determinado momento, impedindo a regeneração dos tecidos associada ao envelhecimento. O facto de as células pararem a sua actividade estava identificado há 60 anos, mas desconhecia-se qual o processo molecular que desencadeava esta inactividade. O investigador detalhou que "cada vez que uma célula se divide existem pequenos fragmentos no núcleo, os telómeros, que são pequenas sequências de ADN localizados no final dos cromossomas que vão encurtando". Este encurtamento dos telómeros desencadeia um percurso molecular para as mitocôndrias - estrutura no citoplasma da célula que produz a energia necessária para esta viver - que a leva a produzir espécies reactivas de oxigénio que param a divisão celular. "Este é o mecanismo que explica porque as células não conseguem proliferar continuamente", explicou João Passos.

UTENTES DOARAM NUM DIA MEDICAMENTOS PARA AJUDAR 32 MIL DOENTES

Os utentes de 77 farmácias portuguesas doaram em apenas um dia seis mil medicamentos e produtos de saúde que vão ajudar 32 mil doentes de instituições de solidariedade social. Com o lema “dê um medicamento a quem precisa”, o Banco Farmacêutico - uma organização sem fins lucrativos - fez um levantamento das necessidades das 49 instituições seleccionadas e, com a ajuda de 200 voluntários, avançou para a II Jornada de Recolha de Medicamentos. Foi apenas durante um dia e em menos de 80 farmácias dos distritos de Setúbal e Lisboa que decorreu a campanha que “contou com a adesão de 70 por cento dos utentes das farmácias aderentes”, segundo dados avançados pelos responsáveis da iniciativa. Aos nove concelhos que já tinham participado na iniciativa em 2009 - Almada, Amadora, Amora, Lisboa, Setúbal, Loures, Seixal, Palmela ou Odivelas - juntaram-se este ano Oeiras, Barreiro, Moita e Montijo. “A segunda edição da Jornada superou largamente as nossas expectativas, tanto em termos de média de embalagens recolhidas, por farmácia, como a nível da receptividade dos portugueses à iniciativa, que apesar do momento de crise que se vive actualmente não se coibiram de dar o seu contributo”, sublinhou à Lusa Luís Mendonça, presidente do Banco Farmacêutico.

DETENTORES DE SEGURO VIDA DIMINUEM EM PORTUGAL

O número de residentes em Portugal detentores de um seguro de vida “puro risco” desceu ligeiramente em 2009 face ao ano anterior, contrariando a subida de anos anteriores, segundo o estudo Basef Seguros da Marktest. Os valores globais do estudo, para o ano 2009, contabilizam 1 948 mil indivíduos - residentes no Continente com 15 e mais anos - com este seguro. Assim, a posse de seguro de vida “puro risco” abrangia 23,4% dos residentes, comparando com os 24,5% de 2008 e a contrariar a tendência de crescimento do mercado nos últimos anos. De acordo com o relatório da Marktest, este tipo de seguros encontra penetração superior à média do universo junto dos homens (25,8%), da população entre os 35 e os 44 anos (43,1%), dos residentes no Grande Porto (27,4%), dos indivíduos das classes sociais alta e média alta (38.9%) e dos quadros médios e superiores (47,3%). Pelo contrário, precisa a fonte, as taxas de posse do produto mais baixas são registadas junto dos jovens dos 15 aos 24 anos e dos idosos com mais de 64 anos, dos estudantes, dos indivíduos das classes mais baixas e dos residentes no Interior Norte, especifica o DD.