sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Newsletter Mundo Sénior 24 Fevereiro 10

Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2010

GOVERNO NEGA INTENÇÃO DE AUMENTAR IDADE DA REFORMA
O Governo negou hoje que nas suas propostas para o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) se encontre prevista uma medida para aumentar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos, avança a Lusa/DD. "É totalmente falso e sem fundamento a informação de que existe uma intenção por parte do Governo para alargar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos", disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro. Na sua edição de hoje, o Correio da Manhã noticia a alegada intenção do Governo de "aumentar a idade da reforma em Portugal dos 65 para os 67 anos", medida que, pode ler-se, "poderá constar" no PEC a ser entregue pelo executivo a Bruxelas.

IDOSOS HOSPITALIZADOS COM MAIOR RISCO DE DECLÍNIO COGNITIVO
Os idosos que já estiveram internados num hospital têm um risco mais elevado de declínio cognitivo, afirmam investigadores norte-americanos, que analizaram dados referentes a 2,929 pessoas com mais de 65 anos, entre 1994 e 2007. Nenhum destes idosos apresentava declínio cognitivo no início do estudo. Ao longo do estudo, 1,287 foram hospitalizados. Entre estes, registaram-se 228 casos de demência, enquanto nos idosos não hospitalizados se detectaram 146 casos de declínio cognitivo. De acordo com o artigo publicado no JAMA, os autores concluíram que os idosos hospitalizados apresentavam um risco 40 por cento mais elevado de desenvolverem demência. “O mecanismo por detrás desta associação é incerto”, escreveu William J. Ehlenbach, da Universidade de Washington, acrescentando que “estes resultados podem sugerir que factores associados a doença aguda poderão estar relacionados com o declínio cognitivo verificado”. Alguns desses factores são a hipoxemia, a hipotensão, a desregulação da glicemia e a medicação sedativa e analgésica.
PORTUGUESES REFORMAM-SE ANTES DOS 63 ANOS
Os portugueses que se aposentaram no ano passado tinham, em média, 62,8 anos, bem menos do que a idade legal de reforma, de 65 anos, revelam dados oficiais solicitados pelo Jornal de Negócios ao Ministério do Trabalho. Pior do que isso: os trabalhadores reformam-se agora mais cedo do que no passado, com excepção do ano precedente. Há duas explicações a concorrer para esta evolução. Por um lado, as reformas antecipadas voluntárias, que, apesar da penalização financeira a que estão sujeitas, continuam a atrair um grande número de trabalhadores. Por outro, há também o impacto do desemprego entre as camadas mais velhas da população, que depois de esgotar o subsídio segue para a reforma.
PLANOS PRIVADOS DE REFORMA DEVERÃO SER SOLUÇÃO PARA SS
O aumento das contribuições individuais e o menor peso do Estado deverá uma das soluções para sustentar o sistema de segurança social português, depois de quatro décadas de quebra demográfica "colossal", defendeu o sociólogo António Barreto, em entrevista à Lusa, citada pelo Jornal de Negócios. “A discussão política hoje consiste em perceber se a protecção social inclui toda a saúde, toda a educação, toda a segurança social", afirmou o sociólogo. "Portugal tem, em média, 1,7 trabalhadores a descontar para cada pensionista. Na Europa, este numero é de um para três ou de um para quatro, o que quer dizer que há aqui um 'stress' financeiro e demográfico", acrescentou o investigador, baseando-se em números da base de dados Pordata, que a Fundação Francisco Manuel dos Santos inaugurou ontem. "Em 1960/65 havia talvez 140 mil pensionistas, [entre] viúvos, pensões de sobrevivência e de reforma. Hoje existem dois milhões e meio. Isto é brutal", afirmou. O papel do Estado social, sujeito assim a pressões cada vez maiores, vai estar em causa nos próximos 30 anos, segundo o investigador, que prevê adaptações para permitir a manutenção do sistema, que podem incluir a redução das pensões, o aumento da idade da reforma ou ainda o papel cada vez maior dos seguros.

Sem comentários:

Enviar um comentário