Mundo Sénior 10 Março 2010

Quarta-feira, 10 de Março de 2010

REFORMA AOS 65 ANOS AVANÇA MAIS CEDO

A idade de reforma dos funcionários públicos vai aumentar para os 65 anos já em 2012 ou em 2013 e não em 2015 como estava inicialmente previsto, avança o Público. O anúncio foi feito ontem à tarde pelo ministro das Finanças no final da reunião com os parceiros sociais, para lhes apresentar as linhas gerais do Programa de Estabilidade e Crescimento. Dada a necessidade de reduzir as despesas sociais, o Governo decidiu acelerar o processo de convergência entre o sistema de pensões da função pública e o regime geral da segurança Social e antecipar “dois a três anos” o aumento da idade legal da reforma dos funcionários públicos. “Estamos num processo de convergência iniciado em 2006. Uma proposta que vamos apresentar aos parceiros é acelerar essa convergência e antecipar [o aumento da idade] dois a três anos”, precisou Fernando Teixeira dos Santos.

IRS: CATEGORIAS A E H JÁ PODEM SER ENTREGUES 'ONLINE'

Os contribuintes que em 2009 tenham recebido rendimentos do trabalho dependente e/ou de pensões podem a partir de hoje, quarta-feira, e até dia 15 de Abril entregar 'on-line' a declaração de rendimentos Modelo 3 do IRS. Segundo o calendário da Direcção-Geral dos Impostos, o prazo para entrega em papel termina na próxima segunda feira. Os contribuintes que optem pela submissão electrónica da declaração de IRS terão como vantagem o pagamento do reembolso no prazo de 20 dias. Depois de terminado o prazo legal de entrega, as declarações de IRS podem ser entregues à administração fiscal mas será cobrada uma multa, que é tanto maior quanto mais dias fora do prazo for feita a entrega.

FREGUESIAS COM MAIS IDOSOS TÊM MAIOR PREVALÊNCIA DIABETES

As freguesias com mais idosos, desempregados e com zonas de grandes declives possuem factores que podem justificar o aumento da prevalência da diabetes, indica um estudo que analisou a ligação entre o contexto geográfico e a doença. Por outro lado, noticia a Lusa/jornal i, o cidadão rural tem hábitos de lazer e de alimentação diferentes do cidadão urbano, que fazem com que tenha menor prevalência da doença. O estudo, que será divulgado hoje no XIX Congresso da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, que decorre até sexta feira em Vilamoura (Algarve), teve como base a Grande Área Metropolitana do Porto e a amostra foram os doentes internados nos Hospitais de S. João, Santo António, Santos Silva, Espinho e Pedro Hispano entre 2000 e 2007. O estudo teve em conta um conjunto de variáveis que pareceram poder condicionar o agravamento ou a persistência de diabetes: áreas muito declivosas, índice de envelhecimento, taxa de actividade, desemprego elevado e rendimentos de apoios sociais elevados. “O modo de vida urbana não é convidativo a mitigar as consequências que levam ao agravamento da diabetes”, disse a geóloga Ana Monteiro, explicando que o modo de viver nas cidades não propicia ao tratamento da diabetes, que tem de ser combatida com exercício físico e alimentação equilibrada. Para José Luís Medina, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, estes dados demonstram “preocupações que já existem há algum tempo” e revelam a necessidade de uma maior aposta das autarquias em actividades de lazer e desportivas. “A diabetes tem uma prevalência muito elevada em Portugal (11,7 por cento) e a luta contra esta doença tem de ter vários intervenientes, não apenas os profissionais de saúde”, frisou.

AÇORES: ACÇÃO SOCIAL RECORRE A PRIVADOS PARA APOIO DOMICILIÁRIO

Há mais de centena e meia de idosos à espera de apoio domiciliário, só na ilha de São Miguel e, para dar resposta à lista de espera, o Instituto de Acção Social está a recorrer à iniciativa privada, noticia a RTP Açores. Em Outubro do ano passado, o Instituto de Acção Social celebrou um protocolo com a Home Instead para apoio ao domicílio de 50 idosos, só que, até ao momento, a empresa acompanha apenas 10. António Sousa, da Home Instead, espera que o Instituto cumpra, o mais rápido possível, o estipulado no referido protocolo, até porque os investimentos efectuados são bastante significativos e "não estão a ser rentabilizados". Na ilha de São Miguel, existem três empresas com essa função: asseguram a higiene pessoal do idoso, fornecem refeições e até fazem trabalhos relacionados com a manutenção da casa. O Instituto de Acção Social admite haver "idosos com dificuldade em aceitarem o apoio de uma empresa privada e até preferem ficar em lista de espera". O Instituto de Acção Social está a apoiar 30 idosos e o Governo açoriano subsidia em duas modalidades que representam 75 ou 100% das despesas.