sexta-feira, 19 de março de 2010

Mundo Sénior 19 Março 2010



FALTA DE DINHEIRO PARA REMÉDIOS AFECTA UM TERÇO DOS DOENTES CRÓNICOS

Um terço dos doentes crónicos admite que não compra remédios receitados pelo médico por falta de dinheiro, com maior ou menor frequência. Com um gasto médio mensal de 62,31 euros em medicamentos, mais de metade considera que esta factura representa um peso elevado ou muito elevado no seu orçamento familiar, destaca o Público. São os mais idosos e menos escolarizados os principais afectados por este problema. Esta é uma das realidades que emergem do estudo “A Adesão à Terapêutica em Portugal”, que hoje vai ser apresentado num simpósio sobre o tema, em Lisboa. Foi a primeira vez que em Portugal se fez um inquérito de âmbito nacional sobre a forma como os doentes aderem às indicações dadas pelos médicos sobre os tratamentos a seguir. Coordenado pelos sociólogos do Instituto de Ciências Sociais (ICS) Manuel Villaverde Cabral e Pedro Alcà ¢ntara da Silva e patrocinado pela Apifarma, o estudo visou traçar um perfil das atitudes e comportamentos da população portuguesa relativamente à adesão à terapêutica. O factor económico não é o mais valorizado pelos 1400 inquiridos, quase metade dos quais acreditam ser o esquecimento o principal motivo que pode levar as pessoas a não seguir totalmente as indicações dos médicos. Ainda assim, as restrições económicas representam mais de um quarto do conjunto das razões de natureza comportamental. Na subamostra de pessoas que têm ou tiveram problemas de saúde, se um quarto diz prescindir de alguns medicamentos por não poder comportar os custos, é maior ainda a percentagem dos que abdicam de ir ao dentista por falta de dinheiro (28,6 por cento). A compra de óculos e as consultas médicas também são afectadas (21 e 18,4 por cento, respectivamente).


VIANA DO CASTELO: MOVIMENTO QUER SOLUÇÃO PARA IDOSOS NA POBREZA

Três freguesias de Viana do Castelo contam mais de 700 idosos, muitos deles a sobreviver “com várias dificuldades”. A afirmação é do movimento que promoveu uma manifestação com vista à criação de um lar que sirva Lanheses, Torre e Vila Mou, noticia o JN. É dos mais gritantes casos de idosos a sobreviver sem o mínimo de condições naquelas localidades. Segundo Filipe Costa, autarca de Vila Mou, uma octogenária, que não tem família, sobrevive da caridade dos vizinhos, numa casa em que tudo falta. “A casa onde vive, se é que lhe podemos assim chamar, não tem água, luz eléctrica ou casa de banho. Se existisse um lar, seria essa a resposta para esta idosa”, assinalou. Segundo o responsável, “há outros casos” na pequena localidade, situada a meio caminho entre Viana do Castelo e Ponte de Lima, considerando “da máxima importância ” a criação de um apoio domiciliário destinado aos idosos que se encontram sozinhos. “Pessoas há que estão sozinhas e que, infelizmente, não reúnem mais condições para tal, pelo que, uma valência como o apoio domiciliário seria de vital importância”, vincou. O autarca de Torre, Joaquim Araújo comunga da opinião, dando conta que na localidade “existem casos de idosos a sobreviver em condições difíceis”. O homólogo de Lanheses, Ezequiel Vale, junta a sua voz à da comissão que reivindica pela criação, na freguesia, de equipamento que compreenda tanto um lar como um centro de dia e apoio domiciliário. “De acordo com um levantamento feito pela comissão social, trata-se de uma estrutura que está no topo das prioridades”, acentuou, assinalando que, enquanto o imóvel não nasce, a autarquia, em parceria com a Câmara e a Segurança Social, “vai atendendo às situações mais complicadas, com obras e, mesmo, géneros alimentícios”.< /span>

ASSOCIAÇÃO DE VETERANOS CONSTRÓI LAR PARA ANTIGOS COMBATENTES

A Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) vai construir em Braga um lar e centro de dia e de cuidados continuados para apoiar antigos combatentes marginalizados e carentes de cuidados urgentes de saúde. O presidente da direcção, Augusto Freitas, adianta que a estrutura “fará frente às dificuldades que muitos ex-combatentes enfrentam no seu dia-a-dia, tanto psicológicas (stress pós-traumático de guerra), como económicas ou sociais”. “Esta obra é importante para pessoas que outrora foram heróis e que hoje passam momentos difíceis”, sustenta, garantindo ter conhecimento de veteranos de guerra que hoje são sem-abrigo, enumerando quatro casos, só em Braga. O centro vai ser construído na freguesia de Nogueira, num terreno com seis mil metros quadrados cedido pela Câmara Municipal. O projecto, orçado em 1,5 milhões de euros, v ai dispor de 60 quartos e disponibilizará todas as valências de apoio para os ex-combatentes que lá venham a residir em regime permanente, concretamente apoios médicos, sociais e jurídicos.

SIMONE DE OLIVEIRA É ROSTO DA 50+ EXPO SÉNIOR

A cantora Simone de Oliveira é a cara do projecto 50+ Expo Sénior 2010, o evento português dedicado, exclusivamente, ao mercado 50+. Enquanto rosto deste projecto, Simone de Oliveira realizará a cerimónia de abertura da feira no dia 26 de Março, na Sala Pavilhão Tejo do Pavilhão Atlântico no Parque das Nações. A decorrer nos dias 26, 27 e 28 de Março, a 50+ Expo Sénior 2010 reúne, num só espaço, uma oferta diversificada de produtos e serviços, bem como conferências e workshops diários. Inovação e Tecnologia, Sexo na 3ª idade, Literacia Financeira e Turismo e Lazer são apenas alguns dos grandes temas focados neste evento destinado a pré-seniores que pretendam planear o seu futuro de forma sustentada, seniores que procurem bem-estar e qualidade de vida ou familiares que procurem aconselhamento personalizado. 

DESTAQUES DA SEMANA

SEGURO DE SAÚDE SEM EXCLUSÕES CHEGA HOJE AO MERCADO

O novo seguro de saúde da Europamut vai estar disponível para subscrição já a partir de hoje, noticia o DN. Chega assim ao mercado o primeiro produto que não coloca limites de idade e não exclui doenças graves. A oferta de seguros de saúde é vasta em Portugal. No entanto, é prática comum no mercado as seguradoras excluírem pessoas com mais 65 anos de idade, bem como aquelas cujo estado de saúde exija já cuidados. Ou seja, nas situações em que a necessidade de ter um seguro de saúde se torna mais premente era, até à data, impossível subscrever uma apólice. Foi sob esta máxima que o produto foi apresentado ao mercado, ficando disponível para subscrição esta semana junto da Europamut, com sede em Lisboa, ou através de “mediadores e outros profissionais de seguros, numa plataforma que se quer de alcance nacional”, adiantou fonte ofici al ao DE. A Europamut agrega as seguradoras mutualistas francesas MGEN - líder europeu de seguros pessoais mútuos, com mais de três milhões de membros em França - UMR e a belga Integrale, e dá em Portugal o primeiro passo no caminho da internacionalização.

PORTUGUESES POUCO CONFIANTES NA REFORMA PAGA PELA SEGURANÇA SOCIAL

Estudo revela que apenas 19% dos portugueses inquiridos manifestam confiança na viabilidade do sistema de segurança social no que respeita às reformas. Nos jovens (25-34 anos) esta percentagem desce para 9%. A sondagem de sentimento do mercado encomendada pela Europamut, empresa que representa em Portugal as mútuas MGEN e Integrale, mostra ainda que apenas 23% dos entrevistados encaram sua situação futura com optimismo e de novo, nos jovens, esta percentagem é mais baixa. De acordo com o estudo, 32% dos inquiridos têm PPRs. Os resultados indicam que a posse destes produtos depende fortemente do rendimento disponível: nos agregados com rendimentos superiores a 3000 euros mensais, estas percentagens sobem para 53%, enquanto que nas classes de menor rendimento (<1000 euros) a percentagem desce para 20%. Para Vasco Mendes, Administrador da Europamut, �€ œos portugueses ainda fazem um uso circunstancial dos PPRs e a maioria não adquire os produtos a pensar num complemento para a sua reforma”. Por outro lado, se os portugueses confiam pouco no Sistema de Segurança Social, no que respeita ao Serviço Nacional de Saúde, cerca de 30% dos inquiridos consideram-no suficiente para cobrir as suas necessidades. No entanto, apenas 9% dos inquiridos sem seguro de saúde consideram que o SNS é suficiente para as suas necessidades. Em relação aos seguros de saúde, o estudo concluiu que 36% dos inquiridos têm seguro de saúde. No entanto, nos agregados com rendimentos inferiores a 1000 euros mensais esta percentagem desce para 20%. Dos que não possuem seguro de saúde, 80% não planeiam fazer um seguro nos próximos dois anos, sendo que o custo é o principal motivo, especialmente em classes de menor rendimento.

POPULAÇÃO ESTÁ A ENVELHECER COM MAIS INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL 

A população portuguesa está a envelhecer com independência funcional e hábitos de vida favoráveis, revela um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, divulgado pela Lusa/RCM Pharma. O estudo avaliou a autonomia funcional no âmbito físico, mental e social de 2.516 indivíduos representativos da população continental, tendo a amostra sido estratificada por três grupos etários, 55-64 anos, 65-74 anos e maiores de 75 anos, por género e por região. Tratou-se de um estudo do perfil de envelhecimento da população portuguesa, com a finalidade de caracterizar o processo, avaliando o aspecto social, a vulnerabilidade biológica, a saúde física e mental e a autonomia dos indivíduos. Segundo as conclusões, a idade limite estimada para o aparecimento de factores de dependência funcional passou a ser os 70 anos. Numa análise por grupo , os autores do estudo concluíram que a faixa dos 55-64 anos apresentou menor percentagem de casos desfavoráveis na maioria dos parâmetros estudados, excepto no domínio dos hábitos de vida e tabagismo. Relativamente à análise por região, constata-se que o Norte apresenta uma situação mais desfavorável quanto à rede social e à avaliação cognitiva, enquanto o Alentejo se destaca por apresentar o dobro da probabilidade de dependência funcional da região de Lisboa e Vale do Tejo. Como eventuais causas, Santos Rosa aponta as diferenças genéticas e os hábitos de vida e alimentares completamente diferentes no Norte, onde a “alimentação é mais calórica”. O estudo visa promover o desenvolvimento de planos estratégicos de intervenção ao nível de prevenção, tratamento e reabilitação, contribuindo para a promoção de estilos de vida saudáveis e bem-estar da população idosa portuguesa.

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