terça-feira, 23 de março de 2010

Mundo Sénior 23 Março 2010



ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BENEFICIA INDÚSTRIAS LIGADAS À SAÚDE

O envelhecimento da população vai ter, globalmente, efeitos negativos sobre a economia, apesar de beneficiar indústrias como a dos instrumentos médicos, medicamentos e serviços de saúde, conclui um estudo sobre os impactos económicos do envelhecimento, citado pela Lusa/RCM Pharma. Neste trabalho, os investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) Paula Albuquerque e com João Carlos Ferreira Lopes quantificam alguns destes efeitos sobre o consumo e a evolução da procura em 55 indústrias nacionais. “Globalmente, os efeitos do envelhecimento são prejudiciais à economia. O crescimento dos sectores que vão ser estimulados não compensa os que vão ser prejudicados”, declarou Paula Albuquerque. A estrutura do consumo vai modificar-se em consequência das alterações demográficas já que o peso da população com mais de 65 anos vai aumentar, explicou a especialista. Os economistas analisaram os efeitos das alterações demográficas sobre 55 sectores de actividade e concluíram que as indústrias ligadas à saúde, como era expectável, vão ser mais procuradas. Entre os sectores que previsivelmente vão ser estimulados, destacam-se o de “instrumentos médicos, ópticos e de precisão e relógios”, em que se prevê que a procura aumente 31% em 2060, e o dos produtos químicos, associados aos medicamentos (24%). O estudo antecipa igualmente maior procura de actividades ligadas à construção (16%) e um aumento do consumo de água, luz e gás (12%), já que “as pessoas mais velhas estão mais tempo em casa”, justificou Paula Albuquerque. Também a indústria da pesca deverá crescer porque “a população idosa, tendencialmente, consome mais peixe do que os mais jovens”.


MADEIRA: PENSIONISTAS E REFORMADOS REIVINDICAM COMPLEMENTO DE 65€

Eram necessárias duas mil assinaturas, mas a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Madeira (ARPIRAM) conseguiu reunir mais de quatro mil. A ARPIRAM entrega esta terça-feira, na Assembleia Legislativa da Madeira, um documento intitulado “Petição pelos Direitos dos Reformados e Pensionistas da Madeira e do Porto Santo”, uma iniciativa que “visa uma maior dignificação deste sector social”. Em declarações à TSF, José Virgílio da ARPIRAM explicou que a intenção é pedir um complemento de 65 euros para os pensionistas e reformados da Madeira que ganham abaixo do ordenado mínimo, tal como acontece nos Açores. A diferença é que nos Açores, que conta com menos de 10 mil reformados, os custos são da responsabilidade do governo regional. Uma vez que a Madeira tem cerca de 30 mil reformados e pensionistas, a ARPIRAM defende que de veria ser o Governo da República a assumir estes custos.
HOSPITAL DE ABRANTES VAI TER UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) pretende instalar uma unidade de cuidados continuados e de convalescença no piso 10 do Hospital de Abrantes, noticia o Mirante. O projecto de arquitectura já foi aprovado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito de uma candidatura ao programa de cuidados continuados do Ministério da Saúde. Segundo António Mor, administrador do CHMT, a instalação desta unidade com capacidade para 40 camas vai obrigar a alterações nas instalações e à transferência de alguns serviços para outros locais do hospital. Prevê-se que a instalação da unidade envolva um custo de cerca de dois milhões de euros. O centro hospitalar vai ter ainda que negociar a contratualização dos serviços com o Ministério da Saúde. A instalação desta unidade vai implicar também a contratação de mais f uncionários para o hospital, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais. Mas segundo António Mor havendo um acréscimo de custos para o hospital por esta via, há por outro lado uma poupança para os serviços de saúde e para os utentes, uma vez que através desta unidade o doente tem menos deslocações às unidades de saúde e a sua recuperação faz-se muito mais rapidamente.

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