terça-feira, 6 de abril de 2010

Mundo Sénior

PEC: NOVO IRS PARA OS MAIS RICOS É A MEDIDA QUE MENOS RENDE

O agravamento do IRS para os mais ricos é a medida fiscal prevista pelo Governo no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que menos vai render aos cofres do Estado, noticia o Diário Económico. Segundo os dados fornecidos pelo Ministério das Finanças àquele jornal, com a criação de uma taxa de 45% no IRS para quem ganhe mais de 150 mil euros por ano, o Estado ficará a ganhar apenas 30 milhões de euros anualmente. Este valor compara, por exemplo, com os 100 milhões que o organismo de Teixeira dos Santos espera encaixar com o agravamento do IRS para os reformados com pensões a partir de cerca de 1.600 euros por mês. O Executivo de José Sócrates criou uma taxa temporária de 45% em sede de IRS a aplicar aos mais ricos, que vigora até 2013 e que vai afectar 3.600 famílias, segundo o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques. Isto significa que cada família vai pagar mais de 8.300 euros em IRS. A este montante acrescem ainda os 700 euros que cada contribuinte que ganhe mais de 64,6 mil euros por ano terá de pagar, em média, por via da introdução de limites às deduções e benefícios fiscais.



MAIS DE 40 POR CENTO DOS CASOS DE SUICÍDIOS SÃO EM IDOSOS

No ano de 2008, 456 pessoas da terceira idade suicidaram-se em Portugal. Este número equivale a mais de metade do número de vítimas mortais em acidentes de viação nesse ano, noticia o Expresso. De acordo com os especialistas, na base destes suicídios pesam vários factores como a morte do marido/mulher, o medo de serem um fardo para os familiares, as dores intensas em virtude de doenças crónicas e a limitação de movimentos físicos. Outros factores que podem motivar estes suicídios no fim da vida são a falta de condições financeiras e também a solidão. Os últimos dados conhecidos são os de 2008 e revelam ainda que 44 por cento dos suicídios acontecem na terceira idade e que, em média, suicidam-se três pessoas por dia em Portugal. Na terceira idade, mais de 70 por cento das mortes premeditadas são realizadas por homens.



VIALONGA LUTA PELA INSTALAÇÃO CENTRO INTEGRADO DE IDOSOS

O presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, José António Gomes, anunciou que vai efectuar uma recolha de assinaturas e uma marcha de sensibilização a favor da construção de um centro integrado de idosos com lar, apoio domiciliário e centro de dia. O equipamento foi considerado como prioridade máxima durante a terceira sessão da Agenda 21 local de Vila Franca de Xira, que decorreu a 1 de Abril. “Vialonga tem uma população envelhecida e precisa urgentemente desse espaço. A Junta de Freguesia tem sido bastante solicitada por pessoas carenciadas e que necessitam desse apoio. Havendo já um projecto, havendo já um terreno, pensamos que será mais fácil a concretização desse projecto”, explicou o autarca. Existem de momento dois projectos para execução de um centro integrado de idosos na localidade, um por parte da Associação de Bem-Estar Infantil de Vialonga (ABEIV) e outro por parte da Casa do Povo de Vialonga. A ABEIV candidatou-se por duas vezes ao programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) para a criação de um Centro Integrado de Idosos. Da primeira vez o projecto não foi aprovado, mas em 2007 houve nova candidatura, que foi aprovada, mas não foi financiada. “O projecto existe há já vários anos mas cada vez que é aprovado o governo corta o financiamento e sem financiamento não é possível. Tem de haver por parte do poder central um empenhamento e é nesse sentido que vamos mobilizar a população e fazer uma marcha solidária pelo lar de idosos e pressionar o poder central para a construção deste equipamento que é essencial para a freguesia”, concluiu José António Gomes.



TOME NOTA

FALTAM APOIOS PARA IDOSOS APÓS ALTA HOSPITALAR

Altas clínicas são cada vez mais precoces, o que implica respostas mais imediatas por parte da família.

“É no seio familiar, nas suas próprias habitações, que a família se depara com as dificuldades e necessidades, pelo que urge que a enfermagem cada vez mais actue na comunidade e não apenas ou sobretudo nas instituições de saúde”, defende a Associação Portuguesa de Enfermagem Gerontogeriátrica (APEG).



FAMILIARES SEM PREPARAÇÃO

Muitos dos idosos não têm para onde ir após a alta hospitalar, outros são recebidos em casa por familiares que, raramente, estão preparados para lidar com a situação.

“Falamos de pessoas que nunca cuidaram de outros e que se sentem totalmente desprotegidas, dado não dominarem questões que são determinantes na manutenção de qualidade de vida do idoso de quem cuidam”, salienta o enfermeiro Paulo Machado, Presidente da Assembleia Geral da APEG.

Os próprios cuidadores estão sujeitos a uma sobrecarga física e psíquica enorme, com repercussões importantes para a sua vida. “A maioria cuida durante as 24 horas do dia, ao longo do tempo de vida deste idoso, socialmente ficam lesados, já que pouco ou nada convivem com outros, para além do absentismo associado e perda do papel social que detinham”.



ENFERMEIROS MAIS PERTO DA COMUNIDADE

APEG defende que tanto o idoso como o prestador de cuidados “necessitam de alguém que lhes retire dúvidas ou dê respostas se e quando necessário”. É neste cenário que se enquadra o papel da Enfermagem Gerontogeriátrica, que pode ajudar a colmatar algumas das necessidades sentidas pelas famílias que cuidam dos seus idosos. “A enfermagem secularmente trabalha com e para a população, temos que romper com o modelo de “entre paredes” e passar a operar onde a vida da comunidade acontece, e este local é a própria comunidade”.



FORMAÇÃO É FUNDAMENTAL

APEG defende a recriação de “equipas de assistência, integrando, o cuidador informal no seu seio”. É “fundamental dar formação a estes cuidadores informais, ajustada ao desafio que particularmente têm na sua própria família”. Nesta perspectiva, a associação optou por dar “formação conjunta, sensibilizando para a necessidade de prevenir algumas complicações, na assistência a estes idosos com dependência”, tendo estado a trabalhar com autarquias e IPSS.



REDE DE CUIDADOS CONTINUADOS INSUFICIENTE

Apesar de já começarem a existir algumas respostas estruturadas a nível nacional, nomeadamente com a implementação da Rede de Cuidados Continuados Integrados, a realidade do país “não é auspiciosa, já que o envelhecimento é inevitável e galopante, o que determina que dentro de 20 anos seremos cada vez mais idosos a cuidar de idosos”, nota a APEG, defendendo que “cabe também à sociedade civil ter respostas solidárias, organizadas e com base no conhecimento”.

Este tema está desenvolvido no número de Abril do jornal Mundo Sénior, disponível em http://www.mundosenior.pt/index.php/jornal-mundo-senior

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