quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mundo Sénior


GASTOS DAS FAMÍLIAS COM DEPENDENTES “DEVEM SER DEDUZIDOS NOS IMPOSTOS”


A coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) defende que os gastos das famílias com pessoas para tratarem de doentes que necessitam de assistência continuada sejam deduzidos nos impostos, como acontece com as despesas com lares. Inês Guerreiro, que foi ouvida, ontem, na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PSD, adiantou que Portugal é o segundo país (a seguir à Grécia), num total de 16 estados da União Europeia, em que as famílias mais cuidam dos seus dependentes. “E ninguém pode descontar se tiver uma pessoa em casa a cuidar de um familiar, como acontece quando se paga um lar”, disse a responsável, citada pela Lusa/Público. Há muitas pessoas que vivem sozinhas, sem apoio, em casas sem condições, e muitas vezes as famílias não têm possibilidade de tomar conta dos familiares debilitados, justificou. Ass im, o hospital continua a ser a “grande porta” onde vão procurar apoio. “Temos um bom Serviço Nacional da Saúde porque, de alguma forma, dá resposta a estas pessoas”, frisou Inês Guerreiro, explicando que são estes doentes que vão para a rede. O último relatório da RNCCI indica que a família é o principal suporte dos utentes referenciados (52 por cento em 2009), seguido da ajuda de técnicos de saúde (11 por cento). O número de utentes assistidos na rede cresceu de 13 457 (2008) para 20 692 (2009), representando um aumento de 54 por cento. A deputada do PSD Maria José Nogueira Pinto questionou Inês Guerreiro sobre a cobertura prevista para 2013 a nível de camas e se o crescimento da rede assenta no terceiro sector (social). Já os deputados João Semedo (BE) e Bernardino Soares (PCP) disseram recear que a rede fique dependente dos privados e do sector social. “O crescimento da rede pública é incomensuravelmente mais pequeno do que o da rede privad a”, observou Bernardino Soares, questionando ainda a responsável sobre se existem recursos financeiros e humanos para continuar a desenvolver o trabalho. Inês Guerreiro frisou que a aposta, a nível dos meios humanos, tem sido reorganizar os recursos dos cuidados primários. “É verdade que temos dificuldades de recursos humanos”, admitiu, explicando que a rede tem recorrido a parcerias com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social para colmatar este obstáculo. Mas frisou não estarem previstos “contratos com os privados e o sector social para recursos humanos”. Sobre o peso da rede pública, explicou que vai crescer este ano com o reaproveitamento de alguns hospitais para unidades de convalescença e cuidados paliativos.

INQUÉRITO: BANCO ALIMENTAR QUER CONHECER PERFIL DOS POBRES

O Banco Alimentar contra a Fome inicia hoje um inquérito nacional a 60 mil pessoas carenciadas. É uma iniciativa em conjunto com a instituição entreajuda e a Universidade Católica, noticia a RR. O que se pretende é conhecer o rosto da pobreza em Portugal, como refere Isabel Jonet, a presidente da Federação Nacional dos Bancos Alimentares. “Queremos saber qual é a média da idade, se são pessoas novas ou já reformadas, se são pessoas desempregadas, há quanto tempo estão desempregados, qual o rendimento que têm, qual o nível de escolaridade, quantos membros constitui o agregado familiar, quais são os bens de consumo que mais valorizam”, disse Isabel Jonet. Conhecendo o perfil dos pobres e as causas da pobreza será mais fácil ajudar quem precisa sabendo quais são as suas necessidades. Os primeiros resultados deste inquérito são conhecido s em Outubro e nessa ocasião será criado o Observatório da Pobreza. São cada vez mais as pessoas que pedem ajuda às instituições, sobretudo, idosos e desempregados. Em 2009, os Bancos Alimentares apoiaram cerca de 1800 instituições que, por sua vez, ajudaram mais de 270 mil pessoas carenciadas.

CASCAIS LANÇA CAMPANHA PARA AJUDAR A COMBATER A SOLIDÃO

Minimizar a solidão de quem, por idade avançada, doença súbita ou mais prolongada, está em situação de isolamento em casa é o objectivo da campanha agora relançada pelo Banco Local de Voluntariado de Cascais. Às pessoas voluntárias é solicitada disponibilidade para dois dedos de conversa, companhia para saídas lúdicas ao jardim, teatro ou cinema, ou ajuda na realização de tarefas simples como ir ao supermercado, aos correios ou à farmácia, adianta a autarquia em comunicado. A intenção é colmatar as necessidades afectivas e de socialização de pessoas que se encontram em situação de dependência. Numa primeira fase vão decorrer inscrições para candidatos a voluntários, que serão, posteriormente, submetidos a um processo de selecção com base no perfil previamente definido pelas instituições que acompanham no terreno as pessoas em situação de solidão e tendo presentes as missões a atribuir em cada caso. Os candidatos seleccionados irão participar numa acção de formação realizada em parceria com a “Associação Coração Amarelo”, no sentido da sua capacitação para o exercício de voluntariado, em particular no contexto domiciliário. Mais informações através do telefone n.º 21 481 52 74 ou via email banco.voluntariado@cm-cascais.pt.

AVEIRO: SEGURANÇA SOCIAL AVANÇA COM LAR PARA 60 UTENTES

Um dos maiores equipamentos sociais do distrito de Aveiro será inaugurado em Setembro. O Centro Integrado da Fundação da Segurança Social, em Aveiro, dotado de creche, centro de dia e lar de idosos, vai servir 150 pessoas. O investimento é de 3,8 milhões de euros, noticia o JN. Trata-se da obra mais cara do programa PARES - Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais - do Distrito de Aveiro vem colmatar uma lacuna no município. “Esta obra é necessária porque o concelho de Aveiro tem uma taxa de cobertura inferior à média do distrito em lares e serviço de apoio domiciliário”, afirmou ao jornal Helena Terra, directora distrital da Segurança Social. O Centro Integrado da Fundação contempla as valências de creche, centro de dia e lar, com capacidade para 33, 60 e 60 utentes, respectivamente, e está localizada em Aradas. As três va lências serão abertas à comunidade, podendo as pré-inscrições ser efectuadas a partir de Maio. A Fundação recorreu à banca para construir a infra-estrutura, mas foi contemplada com 1,5 milhões do PARES e 250 mil euros da Câmara de Aveiro.
 
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