sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mundo Sénior

JOSÉ DE MELLO SAÚDE ABRE UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS


A nova unidade de Cuidados Paliativos da José de Mello Saúde (JMS), localizada no 4º piso do edifício Domus do Parque das Nações, em Lisboa, oferece planos de cuidados especializados para pessoas com doenças incuráveis, em fase avançada e de prognóstico limitado, anuncia a empresa em comunicado. Os responsáveis referem que o objectivo é ir além do doente e dos cuidados médicos, que são considerados, muitas vezes, como o suficiente nos cuidados paliativos. Na nova unidade, a família, o apoio psicológico e espiritual, o bem-estar e a sensação de estar “em casa” são tão importantes como o tratamento médico. Ou seja, “pretende maximizar-se o bem-estar, dignidade e autonomia do doente e, ao mesmo tempo, ajudar os familiares numa fase em que muitas das unidades de saúde descuram a atenção”. A unidade, que disponibiliza nove quartos, possui uma equipa médica e de enfermagem com experiência ou formação específica em cuidados paliativos. A equipa médica é constituída por sete médicos, oriunda sobretudo da área de oncologia, mas com ampla formação em medicina familiar e cuidados paliativos e com o apoio de dez enfermeiros e dez assistentes de enfermagem. O doente e família têm liberdade de movimentos por todo o piso, podendo usufruir das várias salas e serviços disponíveis. Cada doente tem uma alimentação adaptada ao seu estado. As visitas podem ser feitas 24 horas por dia e sem hora marcada e sem restrições.

IDOSOS NÃO DEVEM VER TELEVISÃO EM 3D

A Samsung lançou, recentemente, no mercado um televisor que permite a visualização de imagens em 3D, mas avisa que a visualização neste formato tem riscos, noticia o JN. A empresa adverte, num aviso publicado no site oficial, que alguns telespectadores podem vir a sofrer ataques epilépticos ou acidentes vasculares cerebrais quando expostos a determinadas imagens ou luzes em movimento, que integram alguns filmes ou jogos electrónicos. As pessoas que não dormiram adequadamente ou sob influência do álcool, assim como os idosos, as grávidas e as pessoas portadoras de doenças graves, não devem utilizar a funcionalidade 3D do televisor, avisa a empresa. Sintomas como alteração da visão, atordoamento, tonturas, movimentos involuntários (contracções), confusão, náuseas, enjoo, perda de consciência, convulsões, cãibras, espasmos ou desorientaç ões devem fazer com que o telespectador desligue o aparelho 3D e consulte um médico especializado.

ALCÂNTARA: ENCERRAMENTO DE REPARTIÇÃO DE FINANÇAS CONTESTADO

A repartição de Finanças de Alcântara foi extinta, através de uma portaria datada de 15 Junho do ano passado. De lá para cá, os contribuintes que pertencem àquela repartição não se conformam com o fecho dos serviços e, por isso, uniram-se para inverter a situação, noticia a Agência Financeira. “A população contribuinte de Alcântara manifestou espontaneamente, no passado dia 9 de Abril, um claro sinal de protesto ao endereçar uma Petição à Assembleia da República contra este encerramento, assinada por cerca de 4 mil cidadãos”, refere a direcção distrital de Lisboa, em comunicado. Os funcionários argumentam que o protesto “parte também de deficientes e idosos que, para além das inerentes dificuldades em utilizar os meios electrónicos, têm, ainda, dificuldades em deslocar-se ao Serviço de Finanças no Alto do Restelo”, aque le onde os contribuintes têm de se dirigir agora, em substituição do serviço de Finanças 6, de Alcântara. À Agência Financeira o ministério das Finanças explicou que “a extinção ocorreu no contexto de um processo de renovação e modernização dos Serviços de Finanças, visando a prestação de um serviço de melhor qualidade aos contribuintes, sendo que a extinção do mesmo não coloca em causa o princípio da proximidade”. Isto porque a entrega de declarações e pagamentos pela Internet, o pagamento de impostos pelo Multibanco e CTT simplificam os processos de “liquidação e cobrança de impostos”, explicou fonte oficial do ministério.

VILA FRANCA XIRA: FORTE DA CASA VAI TER CENTRO GERIÁTRICO EM 2011

Além da Unidade de Cuidados Continuados, a freguesia do Forte da Casa vai ter também um centro geriátrico a funcionar em 2011. O presidente do Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) garante que o projecto vai avançar mesmo que não haja apoio financeiro do Governo. De acordo com o jornal O Mirante, o IAC tem um projecto para a construção de um centro geriátrico junto à futura Unidade de Cuidados Continuados, nos terrenos em frente à Igreja do Forte da Casa, no concelho de Vila Franca de Xira, que vai permitir a criação de novos 40 postos de trabalho directos e indirectos. O projecto prevê um espaço com 60 quartos, possibilitando ainda o apoio domiciliário a 40 utentes e a integração de mais 30 em centro de dia. A candidatura ainda não foi apresentada, mas o presidente do instituto, António José Inácio, afirma que a obra é para estar concluà ­da até ao final de 2011. “O objectivo é apresentar uma candidatura ao Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), mas caso a administração central não tenha ainda aberto o concurso, assim que estiver concluída a Unidade de Cuidados Continuados, nós vamos avançar com a construção do centro geriátrico”, garantiu. A obra corresponde a um investimento de quatro milhões de euros.

DESTAQUES DA SEMANA

GASTOS DAS FAMÍLIAS COM DEPENDENTES “DEVEM SER DEDUZIDOS NOS IMPOSTOS”

A coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) defende que os gastos das famílias com pessoas para tratarem de doentes que necessitam de assistência continuada sejam deduzidos nos impostos, como acontece com as despesas com lares. Inês Guerreiro, que foi ouvida, ontem, na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PSD, adiantou que Portugal é o segundo país (a seguir à Grécia), num total de 16 estados da União Europeia, em que as famílias mais cuidam dos seus dependentes. “E ninguém pode descontar se tiver uma pessoa em casa a cuidar de um familiar, como acontece quando se paga um lar”, disse a responsável, citada pela Lusa/Público. Há muitas pessoas que vivem sozinhas, sem apoio, em casas sem condições, e muitas vezes as famílias não têm possibilidade de tomar conta dos familiares debilitados, justificou. Assi m, o hospital continua a ser a “grande porta” onde vão procurar apoio. “Temos um bom Serviço Nacional da Saúde porque, de alguma forma, dá resposta a estas pessoas”, frisou Inês Guerreiro, explicando que são estes doentes que vão para a rede. O último relatório da RNCCI indica que a família é o principal suporte dos utentes referenciados (52 por cento em 2009), seguido da ajuda de técnicos de saúde (11 por cento). O número de utentes assistidos na rede cresceu de 13 457 (2008) para 20 692 (2009), representando um aumento de 54 por cento. A deputada do PSD Maria José Nogueira Pinto questionou Inês Guerreiro sobre a cobertura prevista para 2013 a nível de camas e se o crescimento da rede assenta no terceiro sector (social). Já os deputados João Semedo (BE) e Bernardino Soares (PCP) disseram recear que a rede fique dependente dos privados e do sector social. “O crescimento da rede pública é incomensuravelmente mais pequeno do que o da rede privada ”, observou Bernardino Soares, questionando ainda a responsável sobre se existem recursos financeiros e humanos para continuar a desenvolver o trabalho. Inês Guerreiro frisou que a aposta, a nível dos meios humanos, tem sido reorganizar os recursos dos cuidados primários. “É verdade que temos dificuldades de recursos humanos”, admitiu, explicando que a rede tem recorrido a parcerias com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social para colmatar este obstáculo. Mas frisou não estarem previstos “contratos com os privados e o sector social para recursos humanos”. Sobre o peso da rede pública, explicou que vai crescer este ano com o reaproveitamento de alguns hospitais para unidades de convalescença e cuidados paliativos.

MINISTÉRIO DA SAÚDE ACELERA ENTRADA DE GENÉRICOS NO MERCADO

O Infarmed terá, a partir de 1 de Julho, menos tempo para decidir sobre o pedido de comparticipação dos medicamentos genéricos. Actualmente, não há qualquer distinção na lei entre medicamentos genéricos e de marca. Em ambos os casos, o Infarmed tem 90 dias para decidir. Com a entrada em vigor do novo regime de comparticipação dos medicamentos, a que o Negócios teve acesso, o prazo é encurtado para 75 dias quando o pedido diga respeito a medicamento genérico. Mas esta não é a única medida de simplificação de introdução de genéricos no mercado. A partir de Julho, passará a ser o Infarmed a fixar o preço de venda ao público (PVP) dos genéricos a introduzir no mercado nacional, e não a Direcção Geral das Actividades Económicas.

PENSIONISTAS PODEM PERDER COMPARTICIPAÇÃO TOTAL NOS MEDICAMENTOS

A comparticipação a 100% de medicamentos para os pensionistas mais pobres pode estar comprometida quando, em Julho, entrarem em vigor as novas regras do chamado pacote do medicamento, avança o Diário Económico. Os pensionistas mais pobres tinham direito a medicamentos genéricos gratuitos desde Julho do ano passado. Mas, de acordo com o novo diploma, aprovado pelo Governo na semana passada, essa comparticipação deixa de se aplicar exclusivamente aos genéricos e passa a incidir sobre os cinco remédios com preços de venda ao público mais baixos. O problema é que muitos dos medicamentos mais baratos estão esgotados ou deixaram de ser comercializados. Ou seja, muitos pensionistas não vão conseguir encontrar o remédio gratuito e têm que pagar outro do seu bolso. O próprio Infarmed confirma, em declarações ao DE, que os cinco medicamentos mais bar atos com direito a comparticipação a 100% “podem coincidir” com aqueles que estão esgotados. Contudo, “não gostamos de trabalhar sobre hipóteses e ainda não sabemos como o mercado vai reagir às novas regras”, diz ao DE a mesma fonte da Autoridade do Medicamento, acrescentando que se caso este problema aconteça “analisará o problema, usando os mecanismos legais de que dispõe para normalizar o acesso aos medicamentos em falta”. Há 150 medicamentos baratos esgotados em Portugal e só em 2009 mais de uma centena deixaram de ser comercializados, alertou na semana passada o Bloco de Esquerda. A ministra da Saúde confirmou a denúncia: “Há alguns medicamentos a preços muito ínfimos que às vezes podem ter sido suspensos ou retirados por não haver produção”.



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