AMIGOS DO GARCIA DE ORTA CONSTROEM UNIDADE DE CUIDADOS INTEGRADOS
A Liga dos Amigos do Hospital Garcia de Orta, em Almada, vai construir até 2011 uma unidade de cuidados integrados com 60 camas, para ajudar a diminuir as listas de espera do hospital. Em entrevista à Lusa, citada pelo iMais, o presidente da liga, Fernando Neves, afirmou que “este projecto concretiza uma ideia com mais de uma década e vai facilitar o trabalho do hospital na gestão de doentes, reduzindo o tempo de permanência nos serviços e possibilitando uma redução das listas de espera”. A liga prevê que as obras desta nova unidade comecem em Junho e que o centro possa ser inaugurado no final de 2011. A nova unidade de saúde vai ocupar oito mil metros quadrados de um terreno na freguesia do Laranjeiro, em Almada, doado à Liga pela autarquia, e vai também ter um lar para idosos, com 60 camas. A infra-estrutura terá ainda seis gabinetes médico s para consultas de especialidade. O investimento, de dez milhões de euros, foi comparticipado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo em 750 mil euros, pela câmara Municipal de Almada em 250 mil euros e viabilizado por um empréstimo bancário que a instituição vai pedir. Fernando Neves considera que “o lucro que a Liga vai retirar através dos serviços que vai prestar ao Estado e das mensalidades pagas pelos utentes do lar para idosos é mais do que suficiente para pagar todo o investimento no prazo máximo de dez anos”. Isto, garante o presidente, “nunca fugindo à premissa básica da Liga: apoiar os doentes mais carenciados”. “Os preços do lar serão acessíveis aos idosos com menos posses, para suprir as necessidades do concelho, onde os valores que se pedem são elevadíssimos, na casa dos mil euros para cima”, afirmou. O protocolo com o Ministério da Saúde vai ser assinado no próximo dia 22 de Maio, em Braga.
FÁTIMA: CRUZ VERMELHA DISTRIBUIRÁ 15 MIL LITROS ÁGUA A PEREGRINOS
A Cruz Vermelha Portuguesa vai distribuir 15 mil litros de água e prestar apoio ao nível respiratório aos crentes que se deslocam a Fátima para ver o papa e para as celebrações marianas. Em comunicado hoje divulgado, a Cruz Vermelha explica que, através da campanha "Dar fôlego aos peregrinos", realizada em parceria com a Gasin, serão disponibilizados milhares de garrafas de água, assim como viaturas equipadas com sistemas de oxigénio, em 31 postos de assistência. "Estes recursos visam responder aos problemas respiratórios motivados pelo esforço físico realizado durante a caminhada", explica a Cruz Vermelha, no documento enviado à Lusa/DD. O elevado número de peregrinos mais idosos e as longas distâncias percorridas motivam com frequência problemas de saúde, como episódios de problemas respiratórios que "requerem apoio e tratamento atempad o, para evitar o seu agravamento", acrescenta.
DEGENERESCÊNCIA MACULAR ASSOCIADA A RISCO CARDÍACO
A degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI), uma causa comum de cegueira, parece estar associada a um aumento do risco de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral, sugere um estudo publicado no British Journal of Ophthalmology. Os autores da investigação, da Universidade de Sydney, verificaram que o risco de morrer devido a acidente cardiovascular é, pelo menos, 50 por cento mais elevado nas pessoas com DMRI, comparativamente aos indivíduos sem esta condição. O estudo levanta a hipótese de que a “culpa” poderá ser dos medicamentos utilizados para tratar a DMRI. Esta doença afecta sobretudo os idosos e é uma importante causa de cegueira nos países desenvolvidos.
TOME NOTA
FALTAM UNIDADES ESPECIALIZADAS PARA DOENTES DE ALZHEIMER
Há cerca de 90 mil pessoas diagnosticadas com Alzheimer, em Portugal, mas as respostas em centros de dia especializados, de internamento ou através de programas de apoio ao domicílio estão muito aquém das reais necessidades. Esta carência afecta os pacientes, mas sobretudo os familiares que, muitas vezes, têm de deixar o emprego para cuidarem do doente.
75 MIL FAMÍLIAS
Segundo estimativas da Associação Alzheimer Portugal, nesta situação encontram-se 75 mil famílias (80% do total) que acabam por sofrer uma sobrecarga psicológica, física e económica.
“A falta de definição das políticas de saúde e, nomeadamente, a demora na criação da rede de cuidados continuados para pessoas dependentes, que abranja os doentes com Alzheimer, têm sido responsáveis pelo vazio existente neste domínio. Também, a pouca afirmação das associações de doentes e familiares tem facilitado a irresponsabilidade social nesta matéria”, denuncia Balbina Fernandes, da direcção da delegação Norte da Associação Alzheimer Portugal.
RESPOSTAS POUCO ORGANIZADAS
Embora não existam respostas organizadas direccionadas para este grupo de pacientes, Balbina Fernandes diz ter conhecimento de “instituições para idosos que vão recebendo alguns doentes, por vezes, em situações extremas. Estas respostas vão surgindo pelo País fora nas várias vertentes existentes, seja em Centro de Dia, Lares ou Apoio Domiciliário”. Também os Centros Distritais da Segurança Social têm possibilidade de apoiar as famílias, colocando ou pagando às pessoas com menos recursos um Ajudante Familiar para acções de suporte no domicílio.
RNCCI RECEBE DOENTES APENAS POR 90 DIAS POR ANO
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) apenas tem possibilidade de admitir pessoas portadoras de Alzheimer, para descanso do cuidador, no máximo 90 dias intercalados por ano nas Unidades de Longa Duração e Manutenção.
UNIDADES DE DIA E PROMOÇÃO DA AUTONOMIA
Este ano, deverão ser implementadas, em experiência-piloto, as primeiras Unidades de Dia e Promoção da Autonomia, adianta Inês Guerreiro, coordenadora da RNCCI. Estes equipamentos terão como objectivo a “prestação de cuidados integrados de suporte, de promoção da autonomia e apoio social, em regime ambulatório, a pessoas com diferentes níveis de dependência”, sendo que 50% das vagas estarão reservadas para pessoas com demência. “Tencionamos iniciar o projecto com o máximo de 20 unidades, uma em cada distrito e duas em Lisboa e Porto”. As equipas serão compostas por enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas ou enfermeiros de reabilitação e auxiliares..
EQUIPAMENTOS PARA IDOSOS SEM CONDIÇÕES
Embora algumas instituições para idosos se disponham a receber ou a prestar serviços a pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer, estas estão desajustadas das necessidades dos doentes, tanto em termos de recursos técnicos como humanos.
“Efectivamente, não existem condições na maioria dos lares de idosos para estes doentes, por incapacidade técnica e consequentes desajustamentos em termos de objectivos de intervenção individual e institucional”, explica Alexandra Cardoso, psicóloga clínica da delegação Norte da Associação Alzheimer Portugal.
“CUIDAR DE QUEM CUIDA” ALARGADO A TODO O PAÍS
O projecto “Cuidar de quem cuida”, que se encontra actualmente a ser desenvolvido nos cinco municípios da região de Entre o Douro e Vouga (São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Arouca e Vale de Cambra), irá ser alargado a todo o país. A iniciativa, que tem o apoio do Alto Comissariado para a Saúde e da Fundação Calouste Gulbenkian, visa ajudar o cuidador a tratar do doente com Alzheimer ou com sequelas de AVC, “sem se esquecer de si próprio, prevenindo o desgaste físico e emocional associado a este tipo de situações”.
ALGARVE AGUARDA HÁ OITO ANOS POR UNIDADE PARA DEMÊNCIA
Há oito anos que a Associação Humanitária de Doentes de Parkinson e Alzheimer tem um acordo com a Câmara Municipal de Tavira para construção do Centro Regional de Cuidados Continuados do Algarve, mas o projecto ainda não saiu do papel. Maria do Rosário Cavaco Silva, presidente do organismo, culpa a burocracia por este atraso, mas espera ainda este ano lançar a primeira pedra do equipamento.
Este tema está desenvolvido no número de Maio do jornal Mundo Sénior, disponível em Mundo Senior
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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Mensagens em Destaque
Objectivos da Rede Social
● Combater Pobreza e Exclusão;
● Promover Inclusão e Coesão Social;
● Contribuir para concretização dos:▪ PNA(Plano Nacional de Acção para a Inclusão);
▪ PNI (Plano Nacional para a Igualdade);
● Desenvolvimento Social Integrado;
● Planeamento Sistemático, Integrado, potenciando sinergias, competências e recursos;
● Maior eficácia, cobertura e organização do conjunto de Respostas e Equipamentos Sociais.
Legislação sobre a Rede Social
Decreto-Lei n.o 115/2006 de 14 de Junho:
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
igualdade de género.
(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
eficácia e eficiência nas respostas sociais e rapidez na
resolução dos problemas concretos dos cidadãos e das
famílias.
Continue a ler...
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
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(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
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