segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mundo Sénior 17 Maio 2010


SOLIDARIEDADE: 622 EUROS PARA “ADOPTAR” UM IDOSO EM LISBOA

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai lançar no final do mês uma campanha de acolhimento familiar para pessoas idosas ou adultos com deficiência que vivam sós, avança o DN. Só no concelho de Lisboa, um dos mais envelhecidos do País, estima-se que existam 18 mil idosos a viver sozinhos. As famílias que se disponibilizarem a entrar no programa recebem, no mínimo, 622 euros por mês. Isto porque quem acolher um idoso bem de saúde recebe 447 euros, mais 70% da pensão da pessoa acolhida. Situando-se a pensão mínima em Portugal nos 246, a família receberia ainda mais 175 euros (70% da pensão) a somar aos 447. Se as famílias aceitarem receber em casa pessoas com elevado grau de dependência, o valor sobe e a Misericórdia paga 700 euros. A este valor acresce 70% da pensão da pessoa acolhida. “É uma estratégia de resposta para pessoas com pe rda de autonomia, em isolamento ou com insuficiente apoio familiar”, enumera Anabela Sousa, subdirectora da Acção Social da Santa Casa, que acrescenta que a situação pode ser permanente ou transitória. O objectivo, esse, é evitar a sua institucionalização. “É preferível incluir um idoso numa família e não numa instituição. No seio familiar terá um acompanhamento mais personalizado, viverá num ambiente mais afectivo e estará mais próximo das rotinas diárias”, diz a responsável da Santa Casa. Os idosos a “adoptar” já estão referenciados, as famílias de acolhimento é que se candidatam. Com isso, evita-se que aqueles que vivem com familiares idosos queiram recorrer ao projecto para receber dinheiro. Para evitar casos de aproveitamento financeiro, a Santa Casa da Misericórdia não permitirá qualquer grau de parentesco entre a família de acolhimento e o idoso ou adulto com deficiência. Outro elemento que terá em conta é a estrutura financeir a das famílias de acolhimento. Só as que tiverem boas condições económicas serão considerados sérios candidatos. Além de se candidatarem, as famílias têm de cumprir requisitos rígidos e aceitar o compromisso de participar em acções de formação contínuas. “Temos de nos certificar de que quem acolhe os idosos são pessoas idóneas, responsáveis, com estabilidade familiar e capacidade afectiva e económica”, sublinha Anabela Sousa. Nesta nova dinâmica familiar, os candidatos terão de saber respeitar a identidade e privacidade do idoso.
SÃO SOBRETUDO AS MULHERES VIÚVAS COM MAIS DE 65 ANOS QUE VIVEM SÓS

O número de pessoas a viver sós em Portugal tem vindo a crescer nos últimos anos, sobretudo entre os mais jovens, embora a fatia mais significativa ainda seja a dos idosos, conclui um estudo de Maria da Graça Magalhães, do Departamento de Estatísticas Censitárias, do Instituto Nacional de Estatística (INE), baseado nos dados dos censos. Em 1991, havia 397 mil pessoas a viver sós, em 2001 eram 572 mil - o que representa um aumento na casa dos 44% em dez anos, noticia o DN. Maria da Graça Magalhães traça também o perfil da pessoa que vive só: são sobretudo mulheres - 67,5% e apenas 32,5% homens -, com 65 anos ou mais e residentes na Grande Lisboa (24,4%). Seguem-se as regiões do Grande Porto (10,2%), Península de Setúbal (7,4%) e Algarve (4,8%). “Esta tendência social entre as pessoas com mais de 65 anos é explicada sobretudo pelo aumento d a esperança média de vida”, analisa o sociólogo Pedro Vasconcelos. “As pessoas vivem até mais tarde, ficam viúvas, levando ao aumento de famílias unipessoais.” Para o docente do ISCTE, esta questão não se deve tanto ao abandono dos idosos por parte da família - embora reconheça que existam casos -, mas sobretudo porque há cada vez mais pessoas com mais de 65 anos a conseguirem viver de forma autónoma: “Os idosos, desde que estejam de boa saúde, preferem permanecer na sua casa, no mesmo espaço de há muitos anos, mantendo as mesmas rotinas e referências.”

PORTUGUESES CONSOMEM O DOBRO DO SAL RECOMENDADO

Em cada hora que passa morrem em Portugal duas pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral. O AVC é a principal causa de morte no nosso país, muito por causa dos portugueses não controlarem a sua tensão arterial, noticia a RR. No Dia Mundial da Hipertensão, que se assinala hoje, os especialistas apelam ao controlo desta doença que afecta quase metade da população. O primeiro passo para controlar a hipertensão é comer comida menos salgada. “Os portugueses, de uma maneira geral, ingerem o dobro do sal que a Organização Mundial de Saúde recomenda. Nos ingerimos 12 gramas e a organização recomenda seis gramas”, explica José Alberto Silva, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. A mudança de hábitos alimentares pode reduzir a hipertensão. É o alerta deixado neste dia Mundial da Hipertensão, cujas celebrações, este ano, està £o centradas em Matosinhos com a realização de rastreios à pressão arterial e a outros factores de risco cardiovascular.

CASCAIS: MANIQUE RECEBE UNIVERSIDADE SÉNIOR

A Associação de Apoio Social Nossa Senhora das Neves de Manique de Baixo, IPSS de Cascais, vai acolher a Universidade Sénior de Manique que servirá a população do Concelho de Cascais, a fim de promover a melhoria da qualidade de vida dos seniores deste Concelho e em particular os da Freguesia de Alcabideche. A apresentação oficial da Universidade Sénior está agendada para o próximo dia 20 de Maio. As Universidades Seniores são a resposta social que visa criar e dinamizar regularmente actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para maiores de 55 anos. As actividades educativas são dinamizadas em regime não formal, sem fins de certificação e no contexto da formação ao longo da vida com o objectivo de promover a melhoria da qualidade de vida dos seniores. Assim, a Universidade Sénior de Manique destina-se a ma iores de 55 anos, aos quais irá disponibilizar um espaço de vida socialmente organizado e adaptado às suas idades, para que possam viver de acordo com a sua personalidade e a sua relação social. No âmbito das actividades previstas, a Universidade Sénior vai proporcionar a frequência de aulas e cursos onde os seus conhecimentos possam ser divulgados, valorizados e ampliados, vai desenvolver actividades promovidas para e pelos alunos, vai criar espaços de encontro na comunidade que se tornem incentivos e estímulos a um são espírito de convivência e de solidariedade humana e social, vai divulgar e preservar a nossa história, cultura, tradições e valores, vai fomentar e apoiar o voluntariado social e vai, ainda, desenvolver acções de formação social, pessoal e profissional para toda a comunidade.

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