quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mundo Sénior 19 de Maio 2010

PETIÇÃO “DIREITOS DOS CUIDADORES INFORMAIS DA PESSOA IDOSA” JÁ ESTÁ ONLINE

A Associação dos Cuidadores Informais da Pessoa Idosa (ACIPI) traçou o objectivo de levar junto da Assembleia da República uma petição contra o completo alheamento, desinteresse e abandono em que vivem estes cuidadores informais. Estas pessoas estão sujeitas a uma sobrecarga física e psíquica enorme, com repercussões importantes para a sua vida: além do absentismo a que obriga, a tarefa de cuidar de um idoso, muitas vezes dependente, tem um impacto muito grande na vida social do cuidador, que perde o papel social que tinha até aí. Estamos perante um quadro típico, violento e preocupante de uma profissão/ocupação exigente e desgastante que a sociedade está longe de compreender. Os cuidadores informais queixam-se frequentemente de cansaço, deterioração da saúde, depressão e falta de tempo para zelarem por si próprios, revelam dados estatà ­sticos cruzados com uma sondagem realizada por Mundo Sénior. A maioria dos cuidadores informais (61,8%) foi obrigada a reduzir significativamente o seu tempo de descanso, 38 por cento deixaram de gozar férias, 32,7 por cento afirmam estar cansados e 31,8 por cento perderam progressivamente contacto com os amigos. O cuidador informal “típico” é do sexo feminino, na casa dos cinquenta anos com grau de instrução baixo e um acentuado grau de desgaste físico e psicológico para o tipo de funções que executa. Tendo como base este cenário, a ACIPI pretende, com esta petição, que o assunto entre na agenda dos deputados da Assembleia da República e que seja debatido como um problema real e emergente, que afecta cada vez mais portugueses. A petição já está online e pode ser assinada aqui: Petição
MÉDICOS REFORMADOS ESCAPAM AO CONGELAMENTO NA FUNÇÃO PÚBLICA

Os congelamentos de admissões na função pública vão deixar de fora a contratação de médicos em reforma antecipada. É a excepção à regra e o único balão de oxigénio previsto para o SNS. É que além de estarem impedidos de aumentar as equipas, os hospitais vão ser obrigados a cortar nas horas extraordinárias e nas empresas de tarefeiros. O Ministério das Finanças diz que apesar de a função pública estar proibida de fazer contratações, os médicos em situação de reforma antecipada "estão actualmente no activo". E "o regime excepcional, aprovado pelo governo na generalidade, permite a sua continuidade em funções pelo que a questão do congelamento de novas admissões não se colocará". Mas desde Março que a definição destas contratações está parada e os sindicatos continuam sem saber quais as condições propostas, avança o jo rnal i. O secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, não esconde "a exigência e as dificuldades" do momento, mas refere que "a saúde não pode ficar de fora" das medidas de austeridade e a ordem é para cortar em tudo, menos "nos cuidados à população". O investimento que já estava previsto "não será suspenso".

RISCO DE SUICÍDIO É MAIOR NOS IDOSOS QUE VIVEM EM LARES

Os idosos que vivem em lares apresentam um risco de suicídio mais elevado do que os seniores que continuam a morar nas suas próprias casas, sugere uma investigação publicada no jornal PLoS Medicine. As estatísticas mostram que a taxa de suicídio nos indivíduos com mais de 65 anos é de 14 em cada 100.000, mas este estudo italiano mostra que, nos idosos que vivem em lares, a essa taxa sobre para 19 em cada 100.000.Uma das razões para este aumento poderá estar relacionada com situações traumáticas, como a morte do cônjuge, uma doença grave ou o declínio físico, que muitas vezes obrigam os idosos a abandonar as suas casas e mudarem-se para um lar. “Este risco de suicídio parece ser mais acentuado no primeiro ano”, afirmou a líder da investigação, Carol Podgorski, explicando que se trata de um período de adaptação. No caso dos idosos int ernados em lares, os factores de risco para o suicídio incluem a viuvez ou divórcio, pessimismo, dormir mais de nove horas por dia e beber mais de três bebidas alcoólicas por dia. Contudo, salientam os autores, “a depressão é o factor de risco mais importante”. Neste estudo, verificou-se que a taxa de depressão nos lares para idosos se situa entre os 22 e os 40 por cento na altura da admissão.

SENIORES DO PORTO RECEBEM AULA SOBRE ARRITMIAS CARDÍACAS

A Universidade Sénior Eugénio de Andrade recebe hoje, pelas 16 horas, uma sessão de esclarecimento sobre as arritmias cardíacas, integrada na campanha Salve o Seu Coração. A iniciativa gratuita decorrerá na Rua Alves Redol, nº 292, no Porto, e destina-se a todos os alunos da Universidade e a todas as pessoas que queiram participar. A sessão de esclarecimento terá como orador João Primo, Coordenador Nacional da campanha Salve o Seu Coração, e tem por objectivos alertar os portugueses para a morte súbita e da sua ligação com as arritmias cardíacas, explicando os principais factores predisponentes, sintomas e doenças associadas de forma a promover a sua prevenção. As inscrições podem ser feitas através do e-mail geral@mortesubita.com.pt. As vítimas de morte súbita cardíaca sem socorro imediato morrem em 90% a 95% dos casos. Estima-se que a morte súbita vitima 27 pessoas por dia em Portugal. A morte súbita cardíaca é uma perda súbita do pulso e da consciência causada por uma falha inesperada da capacidade do coração bombear eficazmente o sangue para o cérebro e para todo o corpo. Geralmente é causada por arritmias potencialmente fatais e anomalias no sistema eléctrico do coração.

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