MAIORIA DOS DOENTES MORRE SEM ACESSO A CUIDADOS PALIATIVOS |
A maior parte das pessoas que necessitam de ser internadas em unidades de cuidados paliativos morrem antes de ter vaga, revela o DN. A denúncia é feita pela especialista do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Alice Cardoso, que refere haver “uma lista de espera actual de três meses só na região de Lisboa”, a pior do País. A médica refere mesmo que “só 10% dos doentes referenciados chegam a ser internados”, percentagem que outros especialistas na área confirmaram ao DN. Emília Fradique, enfermeira especializada na área no Hospital de Santa Maria, diz que a espera tem rondado dois meses e meio a três meses e, por isso, o internamento só chega a cerca de 10% dos casos. “Os doentes não deviam ter qualquer espera para ter respostas nesta área. Não estamos a falar de uma cirurgia”, explica. Calcula-se que 200 mil portugueses precisem anu almente de internamento em unidades. “Precisávamos de mil e tal camas para já, embora a procura vá aumentar”, diz Alice Cardoso. Em 2009, atingiu-se um total de 118 camas e foram recebidos 2018 dos 2198 doentes encaminhados. Isto significa que só 1% dos casos são internados. Os doentes estavam em fase avançada e 87% tinham cancro. Inês Guerreiro, coordenadora da Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados, refere que há 14 unidades de internamento na rede, três fora de hospitais. A responsável refere que o objectivo é haver uma unidade em quase todos os hospitais e reforçar equipas domiciliárias. |
MULHERES PORTUGUESAS VIVEM MAIS SEIS ANOS DO QUE OS HOMENS |
Dados do Instituto Nacional de Estatística concluem que a esperança média de vida está a aumentar e é, actualmente, de 75,80 anos para os homens e de 80,80 para as mulheres portuguesas, revela o JN. A Tábua Completa de Mortalidade para Portugal 2007-2009, do INE, estabelece os valores oficiais definitivos para a esperança média de vida dos portugueses. De acordo com os dados, entre os anos de 2007 e 2009, a esperança à nascença para os homens foi de 75,80 anos e de 81,80 anos para as mulheres. A esperança de vida à nascença calculada para ambos os sexos é de 78,88. No triénio anterior, entre os anos de 2006 e de 2008, eram de 75,49 para o sexo masculino, de 81,74 para o sexo feminino e de 78,70 para ambos. Os homens com 65 anos no período analisado têm uma esperança de vida de 16,36 anos, chegando aos 81 anos, e as mulheres de 19,67 anos, at é aos 84. O valor é de 18,19 anos para ambos os sexos. Valores que também aumentaram face aos do triénio anterior, entre 2006 e 2008, e que indicavam, aos 65 anos, uma esperança de vida de 16,25 anos para os homens, 19,61 para as mulheres e 18,13 para os dois sexos. |
CRISE NÃO TRAVOU CUIDADOS PRESTADOS PELAS MISERICÓRDIAS |
“Apesar das dificuldades (económicas), as Misericórdias têm aumentado a sua capacidade produtiva”, sendo que as “estruturas ligadas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) são as suas principais clientes”. Esta é uma das conclusões de um estudo, apresentado no sábado, em Vila do Conde, durante o congresso “As Misericórdias e a Saúde”. Segundo o documento, que analisou 16 misericórdias, situadas de norte a sul do País, o aumento da actividade nestas instituições situa-se, sobretudo, em áreas como a consulta programada, atendimento permanente, patologia clínica, imagiologia, técnicas gastrenterológicas e medicina física e de reabilitação. Apesar deste crescimento generalizado, há serviços onde houve uma diminuição das actividades como cirurgias e técnicas cardiológicas e oftalmológicas. Manuel Lemos, presidente da União das M isericórdias Portuguesas, considerou necessário que “os responsáveis do Ministério da Saúde” percebam que estas são “instituições de utilidade pública” e não fazem parte do sector privado. E defendeu que as misericórdias devem ser vistas como “complementares ao Estado”. Apesar de o “orçamento ser cada vez mais reduzido”, as misericórdias, porque “não são concorrentes” do Estado, podem “contribuir para ajudar a atingir os objectivos que o Ministério da Saúde se propõe, disse o médico Salazar Coimbra. |
DESTAQUES DO MÊS |
ACIPI LANÇA PETIÇÃO PARA LEVAR CUIDADORES INFORMAIS AO PARLAMENTO |
A Associação dos Cuidadores Informais da Pessoa Idosa (ACIPI) vai lançar uma petição com o objectivo de levar a discussão na Assembleia da República a problemática dos cuidadores informais em Portugal. Estas pessoas estão sujeitas a uma sobrecarga física e psíquica enorme, com repercussões importantes para a sua vida: além do absentismo a que obriga, a tarefa de cuidar de um idoso, muitas vezes dependente, tem um impacto muito grande na vida social do cuidador, que perde o papel social que tinha até aí. Estamos perante um quadro típico, violento e preocupante de uma profissão/ocupação exigente e desgastante que a sociedade está longe de compreender. 4 Maio |
ACIPI ABRE DELEGAÇÃO NO PORTO |
A ACIPI (Associação de Cuidadores Informais da Pessoa Idosa) abriu a primeira delegação no Norte, com escritórios na Rua da Boavista nº 334, Porto. Criada em Novembro de 2009, a associação conta já com cerca de 600 associados e tem como objectivo dar mais consistência à actividade desenvolvida pelos cuidadores informais, fomentar a inter-ajuda e o sentimento de voluntariado. A Associação está, actualmente, a promover várias acções de formação para cuidadores informais do idoso e está a preparar uma campanha nacional para recolha de 2.500 assinaturas com o objectivo de levar junto da Assembleia da República uma petição contra o completo alheamento, desinteresse e abandono em que vivem estes cuidadores informais. Na nova delegação da ACIPI no Porto está disponível também, à semelhança do que acontece em Lisboa, o serviço Farmajuda 2 4 (Tlm. 91 9579224 ou e-mail: porto.farmajuda24@gmail.com), para dar resposta ao interesse que o serviço tem vindo a despertar junto do grande universo dos cuidadores informais e seus familiares. 7 Maio |
SEGURANÇA SOCIAL: FISCO EMPURRA IDOSOS PARA LARES |
A Segurança Social tem reforçado, nos últimos anos, o apoio à terceira idade através dos complementos solidário ou de dependência. Só que o esforço da acção social, cuja filosofia é apoiar aqueles que verdadeiramente precisam, não tem sido acompanhado pelo sistema fiscal, nota o DN. O que um dá… o outro tira. Isto porque, por um lado, os subsídios adicionais da Segurança Social são considerados “rendimento” pelo fisco, e, por outro, não se mexeu nos plafonds máximos das receitas em termos de IRS no que toca aos ascendentes dependentes. Esta situação criou impactos negativos junto das famílias que mantêm os pais em casa, em economia comum, e que, de um ano para outro, deixaram de poder incluí-los no seu agregado, simplesmente porque “deixaram de ter condições” devido ao tal subsídio que os fez ultrapassar o tecto do valor est ipulado anualmente pelo Estado. Só que o mesmo não já se passa quando um idoso se encontra num lar privado. Aí os critérios são diferentes e beneficiam o contribuinte que paga a mensalidade. 11 Maio |
CORTES NAS AUTARQUIAS AMEAÇAM “APOIO SOCIAL” ÀS POPULAÇÕES |
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, defende que os cortes no financiamento das autarquias anunciados pelo Governo podem colocar em causa o “apoio social de proximidade” prestado pelos municípios. “Este corte previsto nos orçamentos camarários pode colocar em causa sobretudo o apoio social de proximidade, aquele que temos vindo a fazer e que, não tenho dúvida nenhuma, tem minimizado os efeitos da crise”, afirmou Fernando Ruas à Lusa/DN. A redução das transferências para as Administrações Regionais e Locais, ao abrigo da Lei de Estabilidade Orçamental, é uma das medidas aprovadas em Conselho de Ministros. Esta medida irá reduzir o dinheiro que as autarquias recebem do Estado, mas também irá englobar as duas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. 14 Maio |
SOLIDARIEDADE: 622 EUROS PARA “ADOPTAR” UM IDOSO EM LISBOA |
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai lançar no final do mês uma campanha de acolhimento familiar para pessoas idosas ou adultos com deficiência que vivam sós, avança o DN. Só no concelho de Lisboa, um dos mais envelhecidos do País, estima-se que existam 18 mil idosos a viver sozinhos. As famílias que se disponibilizarem a entrar no programa recebem, no mínimo, 622 euros por mês. Isto porque quem acolher um idoso bem de saúde recebe 447 euros, mais 70% da pensão da pessoa acolhida. Situando-se a pensão mínima em Portugal nos 246, a família receberia ainda mais 175 euros (70% da pensão) a somar aos 447. Se as famílias aceitarem receber em casa pessoas com elevado grau de dependência, o valor sobe e a Misericórdia paga 700 euros. A este valor acresce 70% da pensão da pessoa acolhida. 17 Maio |
PRODUTOS PARA DEFICIENTES E DEPENDENTES BENEFICIAM DE REDUÇÃO DO IVA PARA 5% |
A ACIPI – Associação dos Cuidadores Informais da Pessoa Idosa alerta para o facto de, em determinados artigos destinados a pessoas portadoras de deficiência ou dependentes, o IVA aplicável não ser de 20%, mas sim de 5%, de acordo com o previsto no despacho 26026/2006, de 22 de Dezembro, em vigor desde 1 de Janeiro de 2007. A associação dá como exemplo “o caso de uma cama eléctrica, taxada a 20%, aparentemente mais barata, mas que não é dedutível no IRS” e de uma “cama com carro elevatório, essa sim taxada a 5% e passível de deduzir no IRS”. Existem muitos outros casos semelhantes, onde se incluem artigos como almofadas e colchões antiescaras, assentos e apoios específicos para cadeiras de rodas, auxiliares de elevação para colocar pessoas com deficiência dentro dos automóveis, plataformas elevatórias para cadeiras de rodas, cadei ras e bancos de banho. Todos estes artigos, e outros, beneficiam de uma redução IVA de 20% para 5% com este despacho, podendo o seu valor ser dedutível nos impostos. Para tal, sublinha a ACIPI, em alguns casos é necessária prescrição médica. 20 Maio |
PORTUGAL TEM MAIS DE 600 MIL CUIDADORES INFORMAIS |
Estima-se que o número de cuidadores informais em Portugal ultrapasse os 600 mil, embora não existam dados oficiais sobre esta realidade. A estimativa parte de dados apresentados em Setembro de 2009, na Conference on Health and Dignified Ageing, realizada em Estocolmo, que revelam que, numa Europa a 15, Portugal é o segundo país com maior percentagem de população (6%) a prestar cuidados a familiares idosos. A média europeia ronda os 2,5%. Na sua maioria sem preparação técnica, estes cuidadores informais sentem-se desapoiados, sobrecarregados e, muitas vezes, impotentes face à realidade de cuidar de um idoso dependente.27 Maio |
MUNICÍPIOS VÃO CRIAR COMISSÕES DE PROTECÇÃO DOS IDOSOS A Associação Nacional dos Municípios Portugueses vai apresentar ao Governo um projecto que prevê a constituição de Comissões Municipais de Protecção das Pessoas Idosas, dedicadas a políticas de integração social e protecção desta camada da população. Esta é uma das notícias em destaque no número de Junho do Jornal Mundo Sénior. |
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Mundo Sénior 31 Maio 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Actualizações da Divulgação da CSIF
Se pretende receber semanalmente um e-mail com a actualização das notícias publicadas, envie um e-mail com a palavra registo para blog@csifbelemxavier.com
Pesquisar neste blogue
Procure o que Precisa
QR = Qualificação
RR = Reflexões em Rede
TR = Trabalho em Rede
RR = Reflexões em Rede
TR = Trabalho em Rede
- QR - Notícias (2)
- QR - Acções de Formação (943)
- QR - Candidaturas (149)
- QR - Eventos (1211)
- QR - Eventos; (1)
- QR - Eventos; QR - Acções de Formação (52)
- QR - Notícias (1532)
- RR - Contributos (51)
- RR - Procuras e Ofertas de Actividade Profissional (74)
- RR - Serviços à Comunidade (89)
- TR - CLAS Lx (10)
- TR - Comunidade Escolar - Educação Inclusiva (4)
- TR - CSIF Belém Xavier (18)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar (12)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade EscolarQR - Eventos (2)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade EscolarQR - Eventos (1)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar - "Passe Bem" (1)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar - Dê P'rá Troca (98)
- TR - CSIF Belém Xavier Divulgação de Projectos Blog (20)
- TR - CSIF Belém Xavier Isolamento Social Transporte Solidário (39)
- TR - CSIF Regulamento Interno (5)
- TR - Não Custa Nada (1)
- TR - Respostas Solidárias (3)
- TR - Trabalho em Rede (53)
CSIF de Santa Maria de Belém e de S.....
Mensagens em Destaque
Objectivos da Rede Social
● Combater Pobreza e Exclusão;
● Promover Inclusão e Coesão Social;
● Contribuir para concretização dos:▪ PNA(Plano Nacional de Acção para a Inclusão);
▪ PNI (Plano Nacional para a Igualdade);
● Desenvolvimento Social Integrado;
● Planeamento Sistemático, Integrado, potenciando sinergias, competências e recursos;
● Maior eficácia, cobertura e organização do conjunto de Respostas e Equipamentos Sociais.
Legislação sobre a Rede Social
Decreto-Lei n.o 115/2006 de 14 de Junho:
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
igualdade de género.
(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
eficácia e eficiência nas respostas sociais e rapidez na
resolução dos problemas concretos dos cidadãos e das
famílias.
Continue a ler...
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
igualdade de género.
(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
eficácia e eficiência nas respostas sociais e rapidez na
resolução dos problemas concretos dos cidadãos e das
famílias.
Continue a ler...
Sem comentários:
Enviar um comentário