sexta-feira, 9 de julho de 2010

Mundo Sénior 9 Julho 2010

“AUMENTO BRUTAL DE IMPOSTOS” É FALTA DE SOLIDARIEDADE DO ESTADO

Bagão Félix, antigo ministro das Finanças, defende que o “aumento brutal de impostos” em Portugal é revelador de uma falha na solidariedade do Estado para com as pessoas e empresas que tem de ser combatida, escreve o Diário Económico/Lusa. “Não podemos, quando reduzimos a despesa, cortar naquilo que é a essência da vida das pessoas e manter absolutamente incólume o aparelho do Estado”, sublinhou ontem Bagão Félix, ao considerar que se a crise actual constitui “uma dificuldade é também uma oportunidade”. Em declarações aos jornalistas, antes de uma conferência sobre solidariedade que marcou o arranque das festas do Espírito Santo de Ponta Delgada, o antigo ministro acrescentou que, funcionando como o “verdadeiro imposto”, a despesa não é toda igual. “Uma coisa é despesa social - aquela que se faz com desempregados, com ref ormados, com os doentes - e outra é a despesa do aparelho do Estado, que, por vezes, tem institutos a mais, empresas públicas a mais, conselhos de administração excessivos, vícios de contratação”, considerou Bagão Félix. Além de insistir na necessidade da manifestação da solidariedade de um Estado que se deve “dar ao respeito”, sendo “contido e austero”, o ex-ministro alertou para a necessidade no cenário actual de um comportamento solidário “de baixo para cima e não de cima para baixo”. “A certa altura, as pessoas começaram a pensar que a solidariedade passou a poder ser dispensada porque o Estado providenciava tudo, a solidariedade foi de algum modo nacionalizada”, sustentou, insistindo na importância de um comportamento solidário entre gerações. Para Bagão Félix, “uma das grandes falhas das sociedades contemporâneas é a diluição da solidariedade entre as diferentes gerações, entre os mais novos e os mais velhos”. “Os mai s velhos, por vezes, gastam o que não podem, passando os encargos para as gerações que hão-de vir, e as gerações mais novas, por vezes, desperdiçando a sabedoria dos mais velhos e dos que têm uma vivência a dar e a partilhar”, advogou.


MULHER MAIS VELHA DO MUNDO TEM 130 ANOS

Nasceu antes de Hitler, Charles Chaplin e Franklin Roosevelt. Aos 130 anos, ainda conserva fôlego para apagar as velas do bolo de aniversário. E, apesar de passar boa parte dos dias deitada na cama, goza de melhor saúde do que muita gente um século mais nova que ela, noticia o DN. Chama-se Antisa Khvichava, reside numa aldeia da Geórgia, em plena região rural do país. Os bons ares de que sempre ali desfrutou serão um dos segredos para a invejável longevidade desta mulher que, de acordo com a sua certidão de nascimento, nasceu em 1880 nesta povoação situada a 130 quilómetros da capital georgiana, Tbilissi. O facto foi notícia no país e as próprias autoridades georgianas já anunciaram a intenção de remeter toda a documentação relativa a Antisa Khvichava ao livro Guinness, que regista todos os recordes mundiais. Neste livro encontra-se regist ada, como mulher mais idosa do planeta, uma japonesa de 114 anos. Mas Antisa, 16 anos mais velha, é que merece ali figurar, sustentam as autoridades georgianas, com o apoio unânime da família e dos amigos da idosa.


ESPERANÇA DE VIDA SUBIU CERCA DE 15 ANOS DESDE OS ANOS 60

O ensaio “Portugal: os números”, hoje apresentado, dá conta de um país hoje bastante diferente do de há 40 anos. É, sobretudo, mais envelhecido. Mas o retrato da população portuguesa é idêntico ao de outros países europeus, diz a RR. As conclusões são de um estudo feito pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, em vésperas do Dia Mundial da População, que se assinala domingo. Paulo Chitas, co-autor do ensaio, tira o primeiro retrato do país. “A população nos anos 60 era muito jovem, mas hoje em dia existem mais idosos do que jovens. Portanto, houve um envelhecimento demográfico em Portugal muito intenso. E, isso foi acompanhado por um grande aumento da esperança de vida, que desde essa altura subiu cerca de 15 anos”. Quanto à quebra da fecundidade, os números não diferem muito em relação aos de outros países europeus. Nos a nos 60, havia um nível de fecundidade bastante elevado em média: cada mulher teria 3,5 ou 3,6 filhos. Hoje em dia o número médio está em torno de 1,3. O papel social da mulher está na origem da baixa natalidade Pois, hoje têm mais qualificações e entram no mercado de trabalho, adiando o projecto de ter filhos. Quanto ao futuro retrato do país, Paulo Chitas tem algumas certezas: “o processo de envelhecimento demográfico vai continuar”.

Sem comentários:

Enviar um comentário