terça-feira, 6 de julho de 2010

Mundo Sénior 05 Julho 2010

AUMENTAM PEDIDOS DE APOIO ÀS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

Numa altura em que muitas instituições de solidariedade social se têm visto confrontadas com dificuldades para atender todos os pedidos de apoio que lhe chegam, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) reconhece que a situação da instituição “é muito especial” devido ao estatuto que têm, mas admite que tem sido necessário fazer uma gestão “muito criteriosa, no sentido de não pôr em causa a sustentabilidade futura”. De acordo com Rui Ferreira da Cunha, os pedidos de ajuda à SCML prendem-se sobretudo com a colocação de idosos em lares, que por não haver vagas disponíveis, tem sido resolvido através de subsídios à instalação de idosos em lares privados. “Neste momento já estamos a pagar cerca de 800 mil euros por mês em subsídios para que os idosos possam estar em lares privados, exactamente para não deixar n inguém sem apoio. E temos estado a incentivar o apoio domiciliário para evitar a institucionalização e neste momento já há quase quatro mil idosos em apoio domiciliário”, adiantou Rui Ferreira da Cunha à Lusa/Sol.



ALGARVE INVESTE 27 MILHÕES EM NOVOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS

O Algarve vai ter 18 novos equipamentos de apoio social a idosos e portadores de deficiência. Os protocolos para a construção destas estruturas, que serão apoiadas em grande parte por fundos comunitários, foram assinados na passada semana em Faro, noticia o Barlavento. Todas as obras têm de estar adjudicadas dentro de seis meses e concluídas num prazo máximo de três anos. Os 18 projectos que irão avançar, a larga maioria na área da terceira idade, motivarão um investimento global de cerca de 27 milhões de euros e a criação de 902 novos postos de trabalho. Ao nível da resposta social, serão criados 1213 novos lugares, em 33 valências, algumas das quais integradas no mesmo projecto. Estas intervenções são feitas no âmbito do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), que recorre essencialmente a fundos de coesão. Daí que o secretá rio de Estado da Segurança Social Pedro Marques, que esteve em Faro para presidir à cerimónia de assinatura dos protocolos, tenha deixado bem claro que estas obras têm de ser “rápidas e frutuosas”. “Estas obras são para colocar rapidamente ao serviço das populações. Agora, a bola está do lado dos parceiros a nível local. A União Europeia estabelece regras muito rígidas no que aos timings diz respeito”, fez questão de recordar Pedro Marques. O membro do Governo frisou ainda o facto de estes equipamentos não se limitarem ao litoral e estarem “espalhados por toda a região”, com o objectivo de “garantir a coesão de todo o território”.

OMS LANÇA REDE GLOBAL DE CIDADES AMIGAS DO IDOSO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, na semana passada, a Rede Global de Cidades Amigas dos Idosos como parte da resposta ao rápido envelhecimento das populações. Segundo a OMS, os maiores desafios estão em países menos desenvolvidos. Até 2050, a estimativa é que 80% dos dois biliões de pessoas com 60 anos ou mais vivam em nações de médio e baixo desenvolvimento. A Rede Global é continuação de uma iniciativa de 2006 que pretende identificar elementos do meio ambiente urbano para ajudar no envelhecimento activo e sadio das pessoas. Na época, uma pesquisa realizada em 33 cidades confirmou a importância do acesso ao transporte público, espaços de lazer, necessidade de moradia adequada, apoio da comunidade e serviços de saúde para idosos. Regina Ungerer, médica e coordenadora da rede de informação em saúde em português da OMS, lembra que a população mundial envelhece a cada ano. Em declarações à Rádio ONU, de Genebra, esta responsável lembrou que as cidades precisam se adaptar. “Uma pessoa de mais idade requer algumas necessidades especiais, às vezes ela não anda com tanta agilidade como uma pessoa mais nova, às vezes precisa de uma bengala, está numa cadeira de rodas, ou tem dificuldade visual que é muito comum nas pessoas mais velhas”, afirmou.

DGS: TEMPERATURAS ALTAS PODEM SER NOCIVA PARA OS IDOSOS

As altas temperaturas previstas para esta semana podem ser nocivas para a saúde. Segundo a Direcção-Geral de Saúde (DGS), a exposição a temperaturas elevadas durante vários dias pode provocar desidratação e agravamento de doenças crónicas, sendo especialmente vulneráveis as crianças nos primeiros anos de vida, idosos, doentes crónicos, pessoas medicadas com anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos e neurolépticos. Os termómetros deverão atingir hoje os 42 graus em Santarém, que está sob aviso laranja do Instituto de Meteorologia (IM), à semelhança de Braga, Lisboa e Setúbal, devido à persistência de temperaturas máximas elevadas. Para o distrito de Braga, o IM prevê para hoje uma temperatura máxima de 38, com o de Lisboa a atingir os 39 e o de Setúbal os 40. Évora e Beja também deverão registar uma máxima de 40, noticia a Lusa/SIC. A DGS tem em alerta amarelo seis distritos, onde o calor se faz sentir há vários dias. O alerta amarelo é o segundo numa escala de três da DGS e reporta-se aos efeitos sobre o calor na saúde das populações, sendo activado sempre que as temperaturas se mantêm elevadas ao longo de vários dias. Hoje, a DGS tem sob aviso amarelo os distritos de Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Évora, Beja e Faro, para onde se prevêem temperaturas máximas de, respectivamente, 35, 37, 39, 40, 40 e 29. Para prevenir danos das altas temperaturas, a DGS recomenda o aumento da ingestão de água e de sumos de fruta natural sem açúcar, evitar bebidas alcoólicas, procurar manter-se em ambientes frescos nos momentos de maior calor e utilizar roupa larga, chapéu e óculos com protecção contra a radiação UVA e UVB.




LINHA DE EMERGÊNCIA SOCIAL RECEBEU 5 MIL CHAMADAS ATÉ MARÇO

A Linha Nacional de Emergência Social (LNES) recebeu 4.985 chamadas nos primeiros três meses do ano, menos do que em igual período de 2009, uma descida que pode dever-se à melhor “resposta preventiva” das instituições, segundo os responsáveis pelo serviço. As situações com idosos são aquelas que originam mais intervenções chamadas de crise. Têm a ver com a perda de autonomia devido a doença e com saúde mental. Esta e outras notícias em destaque no número de Julho do Jornal Mundo Sénior.

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