segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mundo Sénior 14 Julho 2010

CAVACO SILVA: EMERGÊNCIA SOCIAL TEM DE SER PRIORIDADE

O Presidente da República voltou ontem a alertar para a necessidade de se ter “muito cuidado” na definição das prioridades. “A resposta às situações de emergência social não podem deixar de ser uma primeira prioridade, as pessoas estão de facto primeiro”, afirmou o Chefe do Estado, numa cerimónia no Palácio de Queluz que encerrou a IV Jornada do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, um périplo de dois dias por cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa - Cascais, Sintra, Oeiras, Amadora e Mafra.  Segundo o DN, Cavaco reiterou a necessidade de se proteger as pessoas de mais baixos rendimentos e aqueles que se encontram em situação particularmente vulnerável, voltando a alertar para “a emergência dos novos pobres”, ou seja, “aqueles que sofrem em silêncio, que até há pouco tempo não imaginavam poder hoje encontrar-se na situação em que se encontram”. “A crise fez emergir os novos riscos de pobreza em resultado dos milhares de desempregados, do endividamento excessivo das famílias e do enfraquecimento dos laços familiares”, enfatizou, destacando “o aumento significativo das situações de carência alimentar”, de pessoas que precisam de ajuda para comprar medicamentos e o elevado número de crianças que no dia-a-dia sofrem as consequências das dificuldades dos seus familiares.



RENDIMENTO DISPONÍVEL DAS FAMÍLIAS EM QUEDA EM 2010 E 2011

O rendimento disponível das famílias portuguesas vai cair em termos reais durante este ano e o próximo. De acordo com as previsões apresentadas pelo Banco de Portugal para a economia portuguesa, o rendimento disponível real vai registar quebras de 1,3 e 0,8 por cento em 2010 e 2011, respectivamente. Em 2009, tinha-se verificado uma variação positiva deste indicador de 1,9 por cento, escreve o Público. O Banco de Portugal explica estas previsões sóbrias para a evolução do rendimento dos portugueses, com a moderação salarial a que se vai assistir (especialmente num cenário de desemprego elevado) e com o impacto das medidas de contenção orçamental impostas pelo Governo. Em particular, o banco assinala a “moderação do crescimento das transferências públicas” e “o aumento da tributação directa”. Perante esta redução do rendimento, é natural que o consumo dos particulares se ressinta. Ainda assim, o banco está a prever um crescimento deste indicador de 1,3 por cento este ano (o que significa que os portugueses vão poupar menos), antecipando depois uma quebra de 0,9 por cento em 2011, que será a principal responsável pelo forte abrandamento da economia nesse ano.


CÁRITAS JÁ DEU MAIS DE 14 MIL EUROS EM VALES REFEIÇÃO

A iniciativa foi lançada em Outubro de 2009 e, desde então, o distrito de Santarém e a região do Algarve foram as zonas do país para onde foram canalizados mais apoios, destaca a RR. Mais de 14 mil euros (14.288 mil euros) é a verba já atribuída pela Cáritas em “vales refeição” para ajudar pessoas em situação de pobreza, através das Cáritas diocesanas. Santarém foi a região para a qual foi canalizada a maior verba: 3.369 euros. Segue-se o Algarve, com 2.900 euros, e o Funchal, com 2.050 euros atribuídos até ao momento. Em Lisboa, os vales refeição chegaram aos1.310 euros. No extremo oposto, Braga é a região para onde foi canalizado menos dinheiro: apenas 405 euros. Estes talões de refeição disponibilizados pelas Cáritas Diocesanas têm o valor de 5, 10 ou 15 euros e permitem que as pessoas possam ir a um supermercado abastecer-se de bens essenciais. O objectivo é combater a pobreza envergonhada, indo ao encontro de pessoas que caíram em situações de pobreza, mas não conseguem pedir ajuda a instituições de solidariedade.


IPO MANTÉM-SE EM LISBOA E VAI TER OBRAS DE 45 MILHÕES

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa vai manter-se em Palhavã, depois de, desde 2006, se falar numa possível mudança para Oeiras e mais tarde para o Parque da Bela Vista. A decisão do Ministério da Saúde põe fim a uma polémica que começou em 2006, quando o então ministro da tutela, António Correia de Campos, anunciou que o IPO de Lisboa ia mudar de local, lembra o JN. Na altura, o antecessor de Ana Jorge garantiu que, se este IPO não fosse transferido, teria de receber obras de pelo menos cem milhões de euros. Nos meses seguintes foram desenvolvidos contactos entre o Ministério da Saúde e várias autarquias, como Lisboa e Oeiras, com vista à localização do novo edifício. Contudo, o Ministério da Saúde optou por manter o IPO no mesmo sítio, em Palhavã, e anunciou obras que, há muito, são reclamadas. Fonte do gabinete da ministra da Saúde disse que as obras são “prioritárias” e irão abranger duas áreas: obras estruturais e equipamento pesado. Para as obras estruturais, o Ministério da Saúde conta gastar 30 milhões de euros e, ao nível do equipamento pesado, serão investidos 15 milhões de euros. A decisão da tutela de manter o IPO de Lisboa no mesmo local levou em conta os “prós e os contras” da mudança. A centralidade do local onde o IPO se encontra - junto a um dos principais eixos viários de Lisboa - é o motivo que mais agrada aos doentes, familiares e profissionais. Aquando da decisão de transferir o IPO, Correia de Campos alegara que “as limitações físicas do edifício” eram “dramáticas”. A solução passaria, para o antecessor de Ana Jorge, por encontrar um terreno e construir um novo IPO com as verbas do terreno do edifício actual. Em 2009, o IPO de Lisboa realizou 203 380 consultas e 6427 cirurgias programadas.

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