segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mundo Sénior - 23 Julho 2010

IGREJA ALERTA PARA RISCOS ASSOCIADOS À CRISE E DESIGUALDADE SOCIAL

D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Episcopal católica da pastoral social, alertou ontem para a possibilidade de o agravamento da crise poder gerar violência e revolta por parte dos mais sacrificados. “Perante a perda do emprego, a ausência de ter que comer, pode haver situações de violência, de revolta”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa, no final da reunião do Conselho da Pastoral Social, que reúne as instituições católicas nesta área. Num discurso duro sobre a situação do país, o bispo considerou necessária “uma contestação política organizada que questione estruturas financeiras, comerciais, culturais, políticas”, de modo a permitir “um pacto social mais sustentado e justo”, destaca o Público. Em conferência de imprensa após a reunião, Carlos Azevedo fez um apelo a que a actual situação seja ultrapassada com o empenhamento de todos: “A crise é tão grave que não poderemos superá-la uns contra os outros: empresários contra sindicatos, sindicatos contra patrões, Governo contra oposição, oposição contra Governo.” Posições “rígidas” e “enfrentamento de grupos de interesses” só provocarão mais vítimas, avisou. Para socorrer as vítimas da crise, saiu da reunião a ideia de unificar os diversos fundos de solidariedade das dioceses. A Cáritas Portuguesa, que irá coordenar o fundo, avançará, para já, com 30 mil euros, recolhidos na operação Dez milhões de estrelas, no Natal do ano passado. A ideia é “congregar esforços” de modo a “rentabilizar os bens disponíveis”, explicou o seu presidente, Eugénio Fonseca. Dentro de “poucos dias” haverá um encontro entre diferentes responsáveis para decidir de que forma funcionará este novo fundo nacional. Na sua intervenção inicial, Carlos Azevedo criticou ainda o que considerou ser o apelo “obs ceno” que ainda é feito nalguma publicidade, “mesmo de alguns bancos”. Os responsáveis católicos fizeram uma avaliação positiva do rendimento social de inserção (RSI), uma “ajuda fundamental para muita gente”, disse Carlos Azevedo. Não comentando directamente as alterações introduzidas há dias no RSI por acordo entre PS e CDS-PP, o bispo manifestou a ideia de que o “acompanhamento deve ser muito exigente”. Mas, por outro lado, a fraude fiscal “é um dos pontos da grande desigualdade” que subsiste no país. Carlos Azevedo disse ainda que os empresários têm a “obrigação moral de investir”. E criticou a “democracia de carga corporativa e opaca”, apelando ao movimento social cristão para que se preocupe em “repensar o significado político do seu compromisso”, sem se ancorar “num impossível apoliticismo”.


SANTARÉM: SERVIÇO DE TELEASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA PARA IDOSOS

A Câmara Municipal de Santarém implementou um serviço de teleassistência domiciliária de apoio à população idosa que se encontra em situação de dependência, isolamento e vulnerabilidade. Para mais informações e inscrições, os interessados devem contactar a Divisão de Saúde a Acção Social pelo telefone 243 304 419, pelo e-mail blvoluntariado@cm-santarem.pt ou dirigirem-se às instalações da antiga Escola Prática de Cavalaria e contactarem os técnicos da Divisão. A assistência é garantida 24 horas por dia, 365 dias por ano, bastando para tal aos utentes pressionar o botão de alarme de um aparelho com o peso de 15 gramas, que pode ser utilizado no pulso ou como medalhão pendurado ao pescoço. Segundo a autarquia, os utentes abrangidos pelo serviço de teleassistência suportam apenas o custo de uma chamada local, sempre que accionarem o botão de alarme, assim como os serviços em que seja necessário o envio de médico, enfermeiro ou de qualquer outro profissional ao domicílio do utente. É necessário que o utente possua linha telefónica na sua habitação.


ALDEIAS DE MIRANDELA TÊM CONSULTAS A 2,5€ SEM TEREM DE SE DESLOCAR

Os idosos de cinco aldeias do concelho de Mirandela já não precisam de se deslocar para ir ao médico ou para obter outros cuidados de saúde já que os passaram a ter disponíveis, perto de casa, por apenas dois euros e meio, de acordo com a Lusa/Expresso. É por este preço que o grupo CESPU assegura, a partir de agora, às populações rurais isoladas destas aldeias transmontanas consultas de clínica geral, podologia, higiene oral, psicologia clínica e rastreios vários, num total de 12 serviços que incluem também transporte gratuito de doentes e encaminhamento para especialidades. Tornar a saúde mais próxima é o propósito deste projecto piloto de cariz social do grupo privado nortenho ligado ao ensino e prestação de cuidados de saúde em parceria com a Câmara de Mirandela.

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