Quinta-feira, 19 de Agosto de 2010
APAV: MAIS DE METADE DOS AGREDIDOS SÃO PAIS IDOSOS
Os idosos são mais de metade das vítimas de maus-tratos familiares (53%), constituindo o maior crime de violência doméstica depois do registado entre cônjuges, noticia o JN. Em 2009, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) contabilizou um total de 532 queixas por maus-tratos físicos e psíquicos sobre adultos, 282 dos quais tinham mais de 55 anos. Nos dados ontem divulgados no seu site, a APAV alerta também para o facto de a violência estar a aumentar entre as crianças: como vítimas e agressoras. Nas agressões a pais, os filhos adultos constituem a maioria dos agressores (52,2%), tendo entre 18 e 45 anos de idade: 71,1% eram homens e 27,1% mulheres. Porque este tipo de violência aumentou significativamente desde 2007 – passou de 390 delitos para 532 em 2009 –, a APAV lança no dia 1 de Outubro – Dia Internacional da Pessoa Idosa – uma campanha de sensibilização. Inserida no projecto “Títono”, financiado pela Direcção-Geral de Saúde e a Fundação Montepio, em parceria com Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona, para além da campanha de sensibilização, estão previstas acções de formação e a publicação de dois manuais: um pedagógico e outro sobre o atendimento a vítimas idosas.
FARMÁCIAS CONSIDERAM "URGENTE" COBRAR PELO ACONSELHAMENTO
As farmácias querem avançar a curto prazo com a cobrança dos serviços que prestam - aconselhamento, testes de despiste e todos os outros actos farmacêuticos praticados ao balcão. A ideia não é nova, mas a sucessiva baixa de preços imposta aos medicamentos dá novo fôlego à vontade de mudar o cálculo do lucro. Até agora o lucro depende directamente do custo de cada embalagem vendida (hoje é de 20%). Em vez disso, as farmácias pretendem ser pagas segundo uma tabela de serviços prestados, independente do valor do remédio dispensado ao doente. Ganhariam o mesmo se vendessem um remédio de 20 euros ou um de dois euros, mas passariam a cobrar por outros serviços que agora são gratuitos. "Tem de avançar rapidamente. É urgente. As sucessivas baixas de preços deixaram várias farmácias em situações muito críticas. Qual é a viabilidade da farm ácia no futuro se os medicamentos novos, e mais caros, ficarem nos hospitais, e os mais consumidos continuarem a baixar de preço?", questiona João Silveira, vice-presidente da Associação Nacional de Farmácias. O farmacêutico adianta que a associação "está a começar este diálogo" com o governo. Mas, a avançar, implicará sempre um custo - alguém terá de pagar. E o pagamento será provavelmente repartido entre o doente, o Estado e a indústria farmacêutica, avança o jornal i.
RETORNO DO PPR DO ESTADO CAI QUASE PARA METADE DESDE O INÍCIO DO ANO
Os certificados de reforma - também conhecidos por PPR do Estado - têm vindo a perder rentabilidade ao longo deste ano. De acordo com os dados do último boletim informativo do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), a rendibilidade deste produto nos últimos 12 meses (até 9 de Agosto) é de 4,80%. Um retorno inferior em mais de 40% ao apresentado no início deste ano. Em Janeiro, a rentabilidade a 12 meses desta aplicação era de 8,16%. A quebra de retorno atingiu todas as categorias de activos em que os certificados de reforma investem. Contudo, foi o investimento em acções e em dívida pública portuguesa, que mais contribuiu para a diminuição dos ganhos desta aplicação. Apesar de serem os activos menos expressivos da carteira, a aposta em acções valeu nos últimos 12 meses um retorno de 18,04%. Ou seja, abaixo do verificado em Janeiro (34,73%). Já a rentabilidade do investimento em títulos de dívida governamental portuguesa abrandou para 1,2%, o que compara com um retorno a 12 meses de 6,66% registado em Janeiro.
Ainda assim, quando confrontados por exemplo, com os fundos PPR, os certificados de reforma conseguem exibir uma rentabilidade ligeiramente superior. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património, aos quais o Diár4io Económico teve acesso, os fundos PPR com o mesmo grau de exposição a acções registaram, em média, uma valorização a 12 meses de 4,43%.
NÚMERO DE IDOSOS EM FAMÍLIAS DE ACOLHIMENTO AUMENTOU
Entre 2007 e 2009, o número de idosos e adultos com deficiência em famílias de acolhimento sofreu um aumento de 234, segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social aos quais o jornal i teve acesso. Segundo a mesma fonte, no âmbito do programa Famílias de Acolhimento para idosos e adultos com deficiência, são atribuídos 134 euros mensais. No caso das crianças, o número de famílias de acolhimento sofreu um decréscimo de 1171 crianças e jovens nesta situação. O ministério não comenta as diferentes tendências nos dois programas, mas assume que, relativamente aos jovens, o objectivo é continuar a promover a sua "automatização e o projecto de vida em meio natural".
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