Sexta-feira, 20 de Agosto de 2010
V. N. FAMALICÃO: ANTIGA TÊXTIL SERÁ CASA DE IDOSOS
Foi uma empresa têxtil, mas vai dar lugar a uma residência geriátrica. As antigas instalações da Sonicarla, em Mogege, Famalicão, vão transformar-se em residências para os mais velhos. O projecto arrancará no terreno em breve. Só faltam as respectivas licenças, refere o JN. A CESPU e a Sonicarla Saúde aliaram-se para a promoção do projecto: a Cespu fará a parte da "gestão funcional", enquanto que a Sonicarla será responsável pelo edifício e pelas obras necessárias. O investimento global da empreitada ronda os cinco milhões de euros. Além das obras de adaptação da antiga fábrica têxtil, o empreendimento implica alguma construção de raiz. No total serão 80 apartamentos geriátricos e ainda quartos. O edifício terá, também, uma unidade de fisioterapia e SPA, auditório para pequenos eventos, salas de estar para as famílias, salas de exposição, refeitório, bar, capela e consultórios de apoio médico. Almeida Dias, da CESPU, adiantou que será um projecto "entre o rural e o semi-urbano", que poderá ser complementado com o hospital que a CESPU vai implementar em Portugal. "É o sítio certo para quem precisa de apoio", afirmou.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PORTO ABRE CURSO PARA MAIORES DE 50
Durante seis semestres, pessoas com mais de 50 anos e sem limite máximo de idade podem, a partir de Outubro, aprofundar os seus conhecimentos num programa universitário do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa. O programa 50 começa em Outubro e é, nas palavras de Joaquim Azevedo, presidente daquele pólo da Universidade Católica, “totalmente inovador” em Portugal, adianta a Renascença. O objectivo “é proporcionar a pessoas com mais de 50 anos um momento de aprofundamento”, onde, “por um lado, se faz um balanço de tudo o que se aprendeu na vida e, por outro, se abre os horizontes para áreas que durante o resto da vida não houve tempo” de aprendizagem, refere. Os cursos estão disponíveis nas áreas “das humanidades mas também artes, ciências, tecnologias, economia. As unidades curriculares são muito diversas�€ , indica Joaquim Azevedo: é “um programa universitário completamente inovador” em Portugal. O responsável explica que o programa surgiu “para responder a um problema social. Nós temos cada vez mais idosos e a duração média de vida está a aumentar, sendo fundamental proporcionar às pessoas idosas a oportunidade de se valorizarem culturalmente”.
"NÓS BAIXO MONDEGO" ALERTA CONTRA A POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL
O projecto "Nós Baixo Mondego", lançado esta semana, tem como objectivo sensibilizar a sociedade para a problemática da pobreza e da exclusão social e resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Mira e de outros oito concelhos do Baixo Mondego. Inserido nas comemorações do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, o projecto visa, nas palavras de Ana Paula Barros, presidente do Núcleo Distrital da REAPN, responder de forma adequada à realidade regional, promovendo a capacitação e motivação de técnicos, autarcas e dirigentes e o envolvimento da sociedade civil na causa da defesa dos direitos humanos fundamentais e luta contra a pobreza e exclusão social. O projecto tem a duração de um ano e prevê a realização de actividades junto dos grupos de riscos e dos técnicos, dirigentes e autarcas, nomeadamente nas áreas do de semprego, discriminação, protecção à infância e terceira idade, migrações, voluntariado, deficiências, dependências e sem-abrigo. Segundo o jornal O Principal, fóruns, workshops, reuniões e um manual de procedimentos serão os instrumentos a utilizar para promover o debate e a reflexão dos concelhos envolvidos e obter conclusões importantes.
DESTAQUES DA SEMANA
LARES ENCHEM VAGAS COM DESCONTOS
A crise está a levar as famílias a retirar os idosos das instituições, conforme alerta o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos. Para combater este fenómeno, os lares privadas estão a fazer descontos nas mensalidades e planos de pagamentos. A redução do preço das mensalidades tem como objectivo conseguir ocupar todas as vagas. "Lares que antes apenas tinham uma ou duas vagas, hoje não só têm mais lugares vagos, como demoram mais tempo a conseguir ocupá-los", revela o presidente da Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casa de Repouso (ALI). João Ferreir a de Almeida dá como exemplo instituições que tinham 1.200 euros de mensalidade, acabam por cobrar apenas 1.000, para ganhar clientes. Outros lares privados optam por fazer planos de pagamentos para as famílias que se atrasem no pagamento. Tal como acontece no lar da Fundação D. Pedro IV, em Lisboa. "Quando as famílias não conseguem fazer face à despesa, reformulamos a mensalidade e se for preciso passamos esses utentes para o sistema da Segurança Social, que também temos aqui", refere uma das funcionárias da instituição. O mais preocupante para os responsáveis são as condições em que os idosos ficam quando são retirados dos lares, para muitas vezes ficarem sozinhos em casa durante grande parte do dia. Manuel Lemos admite ao DN que "as Misericórdias têm conhecimento da saída de idosos de alguns lares", embora esse seja um fenómeno sem reflexo na actividade das associadas da UMP devido às listas de espera.
PORTUGAL ESTÁ CARENTE NO QUE RESPEITA A CUIDADOS DE FIM DE VIDA
O presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) afirmou que o país ainda está “bastante carente” no que diz respeito aos cuidados de fim de vida, comentando um estudo sobre a “qualidade da morte”, noticia o Destak. No estudo “Qualidade da Morte”, levado a cabo pelo Economist Intelligence Unit, que analisou 40 países, Portugal surge no último terço da tabela em questões como o acesso ao internamento para cuidados paliativos de fim de vida e o número de doentes que têm acesso a esses cuidados. “Essa má classificação apenas indica que aquilo que até hoje tem sido feito nos cuidados continuados e no acesso a cuidados de fim de vida não tem sido suficiente”, disse o presidente da SPO. “Não é perceptível do estudo qual é a época a que se refere, mas de qualquer maneira nós sabemos e temos consciência de que, em termos de cuidados de fim de vida, o país ainda está bastante carente, nomeadamente em algumas das nossas regiões, como as mais povoadas”, alertou Ricardo Luz. Para o presidente da SPO, é necessário ”continuar a insistir nessa cultura de cuidados de fim de vida e de tratamento da dor e de cuidados paliativos e a demonstrar que é necessária e que proporciona uma boa qualidade aos doentes que infelizmente atingiram essa fase”.
APAV: MAIS DE METADE DOS AGREDIDOS SÃO PAIS IDOSOS
Os idosos são mais de metade das vítimas de maus-tratos familiares (53%), constituindo o maior crime de violência doméstica depois do registado entre cônjuges, noticia o JN. Em 2009, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) contabilizou um total de 532 queixas por maus-tratos físicos e psíquicos sobre adultos, 282 dos quais tinham mais de 55 anos. Nos dados ontem divulgados no seu site, a APAV alerta também para o facto de a violência estar a aumentar entre as crianças: como vítimas e agressoras. Nas agressões a pais, os filhos adultos constituem a maioria dos agressores (52,2%), tendo entre 18 e 45 anos de idade: 71,1% eram homens e 27,1% mulheres. Porque este tipo de violência aumentou significativamente desde 2007 – passou de 390 delitos para 532 em 2009 –, a APAV lança no dia 1 de Outubro – Dia Internacional da Pessoa Idosa â �“ uma campanha de sensibilização. Inserida no projecto “Títono”, financiado pela Direcção-Geral de Saúde e a Fundação Montepio, em parceria com Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona, para além da campanha de sensibilização, estão previstas acções de formação e a publicação de dois manuais: um pedagógico e outro sobre o atendimento a vítimas idosas.
Esta Newsletter é uma edição de Mundo Sénior
Avenida General Carmona, nº1, 3ºH
2765-207 Estoril
PORTUGAL
[tel.] +(351) 214 685 361 / 214 667 280
[fax] +(351) 214 667 289
geral@mundosenior.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário