quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

APP - Associação Portuguesa de Psicogerontologia

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Posted: 14 Dec 2010 09:51 AM PST

O Governo quer tornar mais rápido o acesso à morfina pelos doentes em cuidados paliativos fora do SNS e os institutos de oncologia de Lisboa e Coimbra vão passar a ser centros de referenciação de formação profissional nesta área de cuidados.


Estas são duas das metas a cumprir até 2013 na área dos cuidados paliativos e estão inscritas num programa de acção para este sector que será hoje apresentado no Porto. A coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) disse que é necessário que a oferta de opióides injectáveis, como a morfina, essenciais para o controlo sintomático de muitos doentes, não seja feita apenas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Assim, Inês Guerreiro defendeu uma acessibilidade rápida a estes medicamentos por parte dos prestadores de cuidados, como as Misericórdias, que apoiam doentes em situações terminais. O Plano de Acção de Cuidados Paliativos para 2010/13, que será apresentado hoje no Porto pela ministra da Saúde, Ana Jorge, prevê um modelo organizativo dos recursos estruturais e humanos de cuidados paliativos segundo as necessidades dos doentes, num processo de continuidade de prestação de cuidados que “dê respostas a todos” estes doentes.
Também dentro de três anos, a rede deverá proporcionar cuidados paliativos a “todos os doentes que se encontram a viver em residências assistidas, lares, instituições, em igualdade de condições relativamente à população em geral”.
Centros de referência para formação
Inês Guerreiro avançou ainda que vão ser criados centros de referência para formação no Instituto Português de Oncologia de Lisboa e do Porto por já terem “grande experiência, sobretudo na área oncológica”. “Serão ainda criados outros centros de referenciação para as outras regiões”, adiantou. Além de dar formação profissional, estes centros darão também apoio às famílias dos doentes, que são “os maiores cuidadores e um dos pilares dos cuidados de saúde”.
Inês Guerreiro sublinhou que os cuidados paliativos são “parte integrante” dos cuidados de saúde: “Não faz sentido falar em casinhas onde as pessoas vão morrer”. As pessoas passaram a morrer nos hospitais, onde não há formação para esta situação. Por isso, frisa, a aposta passa pela formação em cuidados paliativos de “mais mil profissionais” da rede de cuidados continuados e por dotar os hospitais, com mais de 250 camas, com equipas de intervenção para apoiar os serviços de internamento que lidam com situações de sofrimento.
Também haverá uma equipa em cada centro de saúde para cuidados domiciliários com formação em cuidados paliativos. Segundo Inês Guerreiro, actualmente há 160 camas de cuidados paliativos na rede, mais 50 fora da rede, e 40 equipas com formação em cuidados paliativos no domicílio, além de 147 equipas que prestam cuidados domiciliários, das quais 23 por cento têm capacidade técnica para prestar apoio a doentes em fase terminal.
“Precisamos de reorganizar os cuidados paliativos em Portugal de forma a colocar os recursos onde há necessidades”, salientou. Dentro de três anos será também criado um “sistema de apoio e acompanhamento dos aspectos emocionais dos profissionais que trabalham com doentes em fase avançada, terminal”. Faz também parte do plano uma “interligação a nível regional com as faculdades de Psicologia” para desenvolvimento de protocolos e medidas específicas para identificação de riscos e vulnerabilidades, nomeadamente, o stress, a necessidade de descanso, apoio emocional e reconhecimento do trabalho realizado.
Posted: 14 Dec 2010 09:21 AM PST

Muitas famílias não conseguem garantir uma alimentação adequada, embora não seja fácil chegar a números. Até porque a “cara da pobreza está a mudar”, dizem as instituições.
Trezentos mil. Ou melhor, pelo menos 300 mil. É este o número de portugueses que ainda passam fome. O número que “nos envergonha a todos”, segundo o Presidente da República. Cavaco Silva lançou o alerta a propósito da iniciativa “Direito à Alimentação”, que quer distribuir as sobras dos restaurantes por 4500 instituições de solidariedade e assim matar a fome às famílias carenciadas.
“Relativamente à fome faltam dados e temos de nos limitar ao que dizem as instituições que apoiam as famílias cadenciadas, nomeadamente o Banco Alimentar, que apontava para 280 mil pessoas há uns meses, antes da crise”, explica o investigador Alfredo Bruto da Costa. Um número que entretanto chegou aos 300 mil ao longo deste ano.
“Pelo que temos ouvido, pelos apelos de instituições de apoio social, é possível que este número esteja a crescer”, acrescenta o especialista que tem estudado a pobreza em Portugal desde os anos 80. E mesmo assim é difícil incluir neste número a “pobreza envergonhada” que não procura ajuda. A crise pode mesmo inverter a tendência de diminuição da pobreza que Portugal registou nas últimas décadas, alerta Alfredo Bruto da Costa. “Em 2008, antes de sermos atingidos pela crise, tínhamos 18% de pobres. Depois disso não sabemos o que aconteceu”, conclui.
Três instituições que da rua tiram a ideia de que a vida está mais complicada são a Legião da Boa Vontade, a Comunidade Vida e Paz (CVP) e a AMI. “Já não são só os sem-abrigo a procurar carrinhas de distribuição de comida”, diz Heloísa Teixeira, da Legião. “A cara da pobreza mudou”, reforça Elisabete Cardoso, da CVP. Já a AMI, nos primeiros seis meses deste ano ajudou tantas pessoas como em 2005. “Recebemos pedidos de ajuda de pessoas sem dinheiro para comer, para medicamentos, renda, água ou uma botija de gás para cozinhar”, diz Ana Martins.
Foi por chegarem cada vez mais pessoas a pedir comida aos restaurantes que a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) avançou para a iniciativa “Direito à Alimentação”, diz o secretário-geral José Manuel Esteves. “Eram nossos clientes na semana passada e esta semana entram de mão estendida”, explica. A AHRESP espera que a rede que está a montar para recolher donativos dos cerca de 25 mil associados e entregá-los às pessoas com fome possa entrar em funcionamento já em Janeiro – abrangendo 4500 instituições de solidariedade espalhadas pelo País. E foi no lançamento desta rede que o Presidente da República disse que nos “envergonha a todos saber que há portugueses com fome”. Uma frase que já lhe valeu críticas da esquerda (ver caixa).
Edmundo Martinho, presidente do Instituto da Segurança Social, reconhece que há muitas famílias que não conseguem “assegurar um regime alimentar adequado”, mas lembra que há me- canismos para as ajudar.
Apesar de considerar “louvável” qualquer iniciativa para ajudar pessoas em dificuldades, o responsável alerta que “o Portugal do século XXI não deve entusiasmar–se com soluções deste tipo, mas sim discutir as causas e encontrar soluções estruturais para resolver os problemas das famílias com carências alimentares”.
Posted: 14 Dec 2010 07:39 AM PST
O encontro Care of Older People in Portugal-Time for Geriatric Medicine, que se realizou na Gulbenkian dia 26 de Novembro teve como objectivo contribuir para o desenvolvimento da Medicina Geriátrica no nosso país, promovendo e facultando informação actualizada nesta temática.
Disponibilizamos o discurso de encerramento proferido pelo Professor Doutor Daniel Serrão.
Faça aqui o download do discurso.

Comissão Organizadora:
- J. Gorjão Clara (Presidente)
- Alfonso Cruz Jentoft
- M. Teixeira Veríssimo
- Heidi Gruner
Patrocínios Científicos:
- Fundação Calouste Gulbenkian
- European Union Geriatric Medicine Society
- Ministério da Saúde
- Direcção Geral da Saúde
- Alto Comissariado da Saúde
- Ordem dos Médicos
- Faculdade de Medicina de Coimbra
- Faculdade de Medicina de Lisboa
- Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

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