segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

APP - Associação Portuguesa de Psicogerontologia



Governo reforça apoio às instituições de solidariedade social

Posted: 21 Dec 2010 09:34 AM PST

O apoio do Estado às misericórdias, mutualidades e instituições de solidariedade vai aumentar 2% em 2011, para alargamento da rede de equipamentos sociais, beneficiando mais de meio milhão de idosos, crianças e deficientes, segundo um protocolo assinado em Lisboa.

O Primeiro-Ministro afirmou que este acordo é «claramente o sinal de que o País quer fazer um esforço de concertação e de diálogo que permita que as políticas de solidariedade no próximo ano sejam melhores. O País precisa de concertação e diálogo, o País precisa de compromisso e de união, precisa de fazer um esforço nacional». José Sócrates acrescentou que o protocolo «dará sustentabilidade às políticas sociais que estão a ser desenvolvidas», nomeadamente aumentando o número de utentes do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais.

O PM afirmou que o investimento público em solidariedade social «tem evoluído muito bem. Se nos compararmos com 2005, está área mudou muito. Em 2005, o Estado gastava 17,5% da sua riqueza com as prestações sociais, mas em 2011 vamos investir 21,5%», o que representa mais 6 000 milhões de euros e significa que atingiu o «nível de maturidade» em padrões europeus. «Estes últimos anos foram de grande ambição do Estado social, em particular no esforço de investimento em equipamentos sociais», como creches e unidades de cuidados continuados. «Em 2011, terminaremos os nossos objectivos na construção de creches e as obras de equipamentos para idosos também estarão concluídas», acrescentou.

Segundo o protocolo anual entre o Estado e a União das Mutualidades, a União das Misericórdias Portuguesas e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social transferirá para estas entidades 1 251 milhões de euros, destinados a apoiar as suas actividades de cuidado de idosos, crianças e pessoas deficientes, abrangendo mais de meio milhão de pessoas, afirmou o Secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques.

O apoio a estas instituições, calculado segundo uma verba por utente, tem como referência a inflação. No próximo ano, esta verba não deveria sofrer aumento – mas sim redução -, sendo o aumento correspondente ao desenvolvimento do PARES. Ao mesmo tempo, o protocolo cria uma reserva nacional de lugares em lares para a colocação de idosos mais carenciados pela Segurança Social.

In Portal do Governo

Porto: novo espaço combate solidão entre idosos

Posted: 21 Dec 2010 09:25 AM PST

Na primeira “Casa dos Vizinhos” do país, vão realizar-se sessões de cinema, oficinas de tricot, artesanato e música. Outrora sede da Fundação Filos, entidade responsável por lançar esta iniciativa, o espaço da Rua Costa Cabral, no Porto, visa combater o isolamento dos idosos, estimulando o convívio e a criação de laços afetivos.


Este é o culminar do projeto “Sentinelas de Ruas”, que há dois anos mobiliza diversos voluntários em quatro ruas da cidade invicta (Costa Cabral, Bonfim, Alegria e D. João IV) na identificação das necessidades dos seus vizinhos e dos casos de idosos que vivem no isolamento.

Pretende-se, pois, que a “Casa dos Vizinhos” seja um espaço de aproximação desses moradores da zona oriental do Porto. Por isso, as técnicas de Serviço Social responsáveis pela elaboração do programa de atividades vão adaptá-lo aos vizinhos que frequentem a casa.

“É uma maneira de nós, numa cidade que é cada vez mais indiferente, valorizarmos as pessoas. A solidão e o abandono dos idosos é o que vai ocupar a nossa primeira prioridade”, explica à RTP o Padre José Maia, da Fundação Filos.

Com o intuito de promover a entreajuda no seio da comunidade, a Filos e o Movimento Comunidades de Vizinhança (MCV) desenvolveram duas estruturas de apoio social e financeiro: uma bolsa de necessidades, que ajuda a apurar quais os casos de maior carência entre os idosos, e um banco de recursos, para “fazer a permuta entre quem precisa e quem dá”.

Segundo o Padre José Maia, esta primeira “Casa dos Vizinhos” será apenas o início de uma rede que se pretende estender a toda a cidade do Porto, funcionando como laboratório social dos dois anos de trabalho já desenvolvidos nas ruas.

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