- Dias de frio Levam DGS a pedir cuidado com crianças e idosos
- Provedor da Misericórdia quer abrir hotel social
- Há cinco mil internamentos por dia nos hospitais
Dias de frio Levam DGS a pedir cuidado com crianças e idosos
Posted: 28 Dec 2010 09:49 AM PST
Dias de frio levam DGS a pedir cuidado com crianças e idosos e recomendar agasalhos e bebidas quentes.
A Direcção-Geral de Saúde (DGS) alerta que o tempo frio exige cuidados com a saúde e recomenda especial cuidado com crianças e idosos, aconselhando o uso de várias camadas de roupa e a ingestão de bebidas e alimentos quentes.As recomendações estão no sítio da Internet da DGS, onde, “perante a vaga de frio prevista para os próximos dias”, é recomendado que se verifique a manutenção dos equipamentos utilizados para o aquecimento e que sejam limpas as chaminés das lareiras.
Por outro lado, se se usar lareira, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás, a DGS recomenda que se “mantenha a correcta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde”.
“Desta forma evitará a ocorrência de acidentes por monóxido de carbono que podem ser causa de morte”, lê-se.
Outra recomendação aponta para a não utilização de equipamentos de aquecimento de exterior no interior das habitações. As pessoas são aconselhadas a, antes de sairem de casa ou antes de se deitarem, certificar-se de que os aquecimentos estão desligados ou apagados, “de forma a evitar fogos ou intoxicações”.
“Tenha especial atenção com os idosos e crianças para evitar queimaduras”, recomenda a DGS.
A Direcção-Geral da Saúde lembra que os mais vulneráveis ao frio são as crianças, os idosos, os doentes crónicos (principalmente com problemas respiratórios, cardio-vasculares ou anemias), os sem-abrigo e as pessoas cujas casas têm mau isolamento térmico.
A DGS aconselha, por isso, que se use “várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente”, que se “proteja as extremidades do corpo” com luvas, gorros, meias quentes e cachecol, e que se “ingira bebidas e alimentos quentes”.
Diz ainda que é de evitar as bebidas alcoólicas ou com cafeína e o tabaco.
In Lusa
Provedor da Misericórdia quer abrir hotel social
Posted: 28 Dec 2010 09:33 AM PST
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares, pretende abrir um hotel social para complementar a rede de respostas sociais da instituição. O projecto está ainda am fase de negociação com a Segurança Social, sendo que, dado o património imobiliária da Santa Casa, encontrar um edifício para aquela finalidade será o menor dos problemas.
António Tavares disse ao JN ter aumentado o número de pedidos de ajuda à instituição, cujo programa de apoio alimentar criado em Março do ano passado, a Sopa da Noite, serve mais de mil sopas por mês.
Também foi criado para responder a um período de aumento da carência alimentar, tal como este desejado hotel social trará mais qualidade a uma necessidade de alojamento de emergência.
“Há muita gente que está a ser despejada. Recebemos todos os dias cartas de gente a pedir ajuda”, disse o provedor da Santa Casa da Misericórdia, no cargo desde o passado Agosto. A sua vontade é concretizar o hotel social “ainda neste mandato”, referiu.
“O hotel vai juntar-se ao nosso complexo habitacional, é outra forma de dar respostas sociais”, observou. Além de lares e albergues, a Santa Casa é proprietária de um complexo habitacional, conhecido como bairro Daniel Constant, na zona oriental da cidade, com mais de 130 habitações. Uma das duas torres do bairro foi construída no âmbito do Programa Especial de Alojamento.
Não está ainda definido onde poderá ser instalado o hotel social. “Temos vários edifícios que podem servir para esse fim. Temos estado a conversar com a Segurança Social. porque não nos adianta ter esse equipamento e depois a Câmara Municipal do Porto e a Segurança Social estarem a realojar as pessoas em pensões de qualidade duvidosa e pagas pelos nossos impostos”, disse o provedor.
In Jornal de Notícias
Há cinco mil internamentos por dia nos hospitais
Posted: 28 Dec 2010 08:56 AM PST
Melhoria do diagnóstico e do acesso ao tratamento explicam subida de 17% de 2007 para 2008. Peritos avançam ainda que se sobrevive mais, o que gera mais episódios de internamento.
Os hospitais registam todos os dias cinco mil internamentos em média, um número que tem vindo a subir com a melhoria da prestação de cuidados de saúde mas também com o gradual envelhecimento da população. Segundo o relatório “Mobilidade Hospitalar Serviço Nacional de Saúde 2008″, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), houve registo de 6 887 191 dias de internamento nos hospitais em 2008. Tendo em conta que em média há uma demora de 3,7 dias por internamento, terão passado pelos serviços quase 1,9 milhões de doentes só do Continente.
Os dados de 2008 mostram um crescimento elevado no número de doentes internados, mais quase 270 mil do que no ano anterior. Feitas as contas, houve o equivalente a mais 739 casos por dia. No entanto, importa ressalvar que haverá casos de doentes que foram internados mais do que uma vez neste período de 12 meses.
Paulo Nogueira, chefe da Divisão de Estatísticas de Saúde da DGS, explicou ao DN que a subida no número de dias de internamento “é um sinal de que a prestação de serviços tem aumentado. A prestação nunca foi tão boa como actualmente. Por outro lado, as pessoas têm uma maior longevidade e sobrevivem mais às doenças, porque a medicina progrediu. Além disso, há um aumento de casos e melhoria do diagnóstico”.
Reconhecendo que este número irá sempre aumentar, e que em 2009 os números registam a mesma tendência, Paulo Nogueira recorda que, pelo contrário, a demora no internamento tem vindo a baixar. Em 2008, os doentes ficavam no hospital em média 3,7 dias, abaixo dos 4,2 do ano anterior. “O desejável é que os doentes fiquem o mínimo de tempo necessário. Por vezes, se se fica nos hospitais muito tempo até é prejudicial”, sublinha. Talvez por isso se tenham registado mais 239 347 internamentos com entrada e saída no mesmo dia em 2008, para 921 mil. As áreas do cancro, genito-urinária e do sistema nervoso tiveram mais casos.
As doenças do aparelho circulatório, como as doenças cardíacas e os AVC, foram responsáveis por mais de um milhão de dias de internamento, seguidas pelas doenças oncológicas e pelas respiratórias. No entanto, foi no tratamento do cancro que mais se notou um acréscimo anual: mais 48 mil dias do que em 2007. Jorge Espírito Santo, presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, explica que “há mais casos novos de cancro e um aumento da sobrevivência. Factores que nos remetem para um outro problema que é a falta de unidades indicadas para os colocar, sobretudo nos cuidados paliativos. Este ano ainda tivemos espera de três meses”. Em altura de crise, “as pessoas ficam desempregadas e sem meios para receber os seus familiares. Tudo isto irá agravar o aumento das estadias nos hospitais”. Aumento de dias de internamento tiveram ainda as doenças mentais (mais 44 mil), do aparelho digestivo e genito-urinário (mais 11 mil cada uma). A pneumonia liderou a lista de doenças, com 423 mil dias (ver infografia).
Os hospitais deram alta a 1,87 milhões de doentes, mais 200 mil do que em 2007. As doenças do sistema nervoso e os cancros tiveram, respectivamente, mais 28 e dez mil doentes. Nas mulheres, a gravidez, parto e puerpério foram o principal motivo de internamento e posterior alta. No homens, os aparelhos circulatório e digestivo foram as principais razões.
In Diário de Notícias


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