Em 2011 a Comissão Europeia vai propor uma nova regulamentação relativa à reprodução e comercialização de sementes, a chamada “Lei das Sementes”. As novas regras, a serem aprovadas, terão força de lei e sobrepor-se-ão às leis nacionais de cada estado-membro, podendo vir a limitar drasticamente a livre circulação de sementes, impedir os agricultores de guardar sementes e ilegalizar todas as variedades de plantas não homologadas, onde se incluem actualmente milhares de variedades tradicionais, a herança genética vegetal da Europa.
Com esta nova lei, a Comissão Europeia pretende satisfazer os pedidos repetidos da indústria de sementes, que nas últimas décadas assumiu os contornos de um oligopólio, com dez empresas – gigantes da agro-química – a controlar actualmente metade do mercado mundial das sementes comerciais e a quase totalidade do mercado das sementes transgénicas. A indústria de sementes considera que a prática de guardar sementes e a produção de variedades não registadas constituem concorrência 'desleal'. Ao eliminar esta concorrência, sob pretexto de criar um mercado 'justo' e da protecção da saúde pública, as grandes empresas de sementes preparam-se para cobrar direitos aos perto de 75% de agricultores no mundo que ainda guardam e utilizam as suas próprias sementes.
A tendência da privatização das sementes, que se inicou com a autorização de patentes sobre formas de vida, e que a prevista Lei das Sementes vem reforçar, constitui uma ameaça ao nosso património genético comum e à segurança alimentar. Os agricultores deixarão de poder guardar sementes e os criadores independentes deixam de poder melhorar variedades. Por consequência, não haverá nenhum incentivo para preservar variedades tradicionais e o mercado restringir-se-á a um espólio infinitamente mais reduzido de variedades comerciais, onde irão dominar, entre outras, as variedades transgénicas.
Junte-se à Campanha pelas Sementes Livres
Dezenas de milhares de pessoas por toda a Europa estão a pedir activamente que o direito de produzir sementes permaneça nas mãos dos agricultores e horticultores. As sementes de cultivo são um bem comum, criado pela acção humana ao longo de milénios, e uma fonte insubstituível de recursos genéticos para assegurar o acesso a alimentos, tecidos e medicamentos. Devem permanecer no foro público e sob condições algumas entregues para a exploração exclusiva da indústria de sementes.
Os pedidos da Campanha europeia pelas Sementes Livres
O direito dos agricultores e horticultores à livre reprodução, guarda, troca e venda das suas sementes.
A promoção da biodiversidade agrícola através da preservação das sementes de origem regional e biológica.
A recuperação dos conhecimentos tradicionais e a cultura gastronómica local agrícolas.
O fim às patentes sobre a vida e ao uso de organismos geneticamente modificados na agricultura e na alimentação.
Uma nova política agrária que, em vez de apoiar a produção industrial intensiva e as monoculturas, promove a produção ecológica e biodiversa.
Ajude-nos a inverter o rumo da legislação sobre sementes e a apoiar a biodiversidade agrícola e a agricultura tradicional, com informação on e offline, campanhas de sensibilização, a dinamização de hortas guardiãs de sementes e feiras de troca de sementes tradicionais, nacionais e internacionais.
Campanha pelas Sementes Livres
semear o futuro, colher a diversidade
GAIA
Plataforma Transgénicos Fora
Quercus
sementeslivres@gaia.org.pt
http://www.sosementes.gaia,org.pt/ (até 25/2 www.gaia.org.pt/node/15859)
www.seed-sovereignty.org/PT
Tags: agricultura, alimentar, autonomia, biodiversidade, patentes
Por favor, não espere por algum tempo indeterminado no futuro. Em vez disso, faça o que você pode agora promover produtores locais de alimentos orgânicos, não importa onde você vive, aproveitando das fontes locais de alimentos orgânicos sempre que possível. Além disso, por favor, tome todas as medidas que você pode evitar que muitos alimentos GM como você possivelmente pode. Aqui está uma lista de dicas para ajudar você a fazer exatamente isso:
* Reduzir ou eliminar alimentos processados. Cerca de 75% dos alimentos processados contenham ingredientes geneticamente modificados.
* Leia os rótulos dos alimentos e produzir. Ao olhar para um rótulo do produto, se houver ingredientes como farinha de milho e farelo, dextrina, amido, molho de soja, margarina e tofu (só para citar alguns) são listados, há uma boa chance que veio da GM de milho ou soja, a menos que seja listado como orgânica.
* Comprar produtos orgânicos ou crescer seus próprios. Comece a comer alimentos selvagens (feral foods) são mais elevados em nutrientes! (urtigas, dente de leão, etc ..)
Somos todos filhos de Deus (do Divino), portanto, co-criadores neste Planeta Terra maravilhoso ...
Use o sua imaginação que lhe foi dada por Deus (o seu lado Divino não o lado animal) para o seguro desaparecimento desta ''Lei de Sementes'' na Europa.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Actualizações da Divulgação da CSIF
Se pretende receber semanalmente um e-mail com a actualização das notícias publicadas, envie um e-mail com a palavra registo para blog@csifbelemxavier.com
Pesquisar neste blogue
Procure o que Precisa
QR = Qualificação
RR = Reflexões em Rede
TR = Trabalho em Rede
RR = Reflexões em Rede
TR = Trabalho em Rede
- QR - Notícias (2)
- QR - Acções de Formação (943)
- QR - Candidaturas (149)
- QR - Eventos (1211)
- QR - Eventos; (1)
- QR - Eventos; QR - Acções de Formação (52)
- QR - Notícias (1532)
- RR - Contributos (51)
- RR - Procuras e Ofertas de Actividade Profissional (74)
- RR - Serviços à Comunidade (89)
- TR - CLAS Lx (10)
- TR - Comunidade Escolar - Educação Inclusiva (4)
- TR - CSIF Belém Xavier (18)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar (12)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade EscolarQR - Eventos (2)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade EscolarQR - Eventos (1)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar - "Passe Bem" (1)
- TR - CSIF Belém Xavier - Comunidade Escolar - Dê P'rá Troca (98)
- TR - CSIF Belém Xavier Divulgação de Projectos Blog (20)
- TR - CSIF Belém Xavier Isolamento Social Transporte Solidário (39)
- TR - CSIF Regulamento Interno (5)
- TR - Não Custa Nada (1)
- TR - Respostas Solidárias (3)
- TR - Trabalho em Rede (53)
CSIF de Santa Maria de Belém e de S.....
Mensagens em Destaque
Objectivos da Rede Social
● Combater Pobreza e Exclusão;
● Promover Inclusão e Coesão Social;
● Contribuir para concretização dos:▪ PNA(Plano Nacional de Acção para a Inclusão);
▪ PNI (Plano Nacional para a Igualdade);
● Desenvolvimento Social Integrado;
● Planeamento Sistemático, Integrado, potenciando sinergias, competências e recursos;
● Maior eficácia, cobertura e organização do conjunto de Respostas e Equipamentos Sociais.
Legislação sobre a Rede Social
Decreto-Lei n.o 115/2006 de 14 de Junho:
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
igualdade de género.
(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
eficácia e eficiência nas respostas sociais e rapidez na
resolução dos problemas concretos dos cidadãos e das
famílias.
Continue a ler...
A rede social criada na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.o 197/97, de 18 de Novembro,
impulsionou um trabalho de parceria alargada incidindo
na planificação estratégica da intervenção social local,
abarcando actores sociais de diferentes naturezas e áreas
de intervenção, visando contribuir para a erradicação
da pobreza e da exclusão social e para a promoção do
desenvolvimento social ao nível local. Este trabalho de
parceria tem vindo a ser alvo de uma enriquecedora
actualização também na perspectiva da promoção da
igualdade de género.
(...)
A rede social assume-se como um modelo de organização
e de trabalho em parceria que traz uma maior
eficácia e eficiência nas respostas sociais e rapidez na
resolução dos problemas concretos dos cidadãos e das
famílias.
Continue a ler...
Sem comentários:
Enviar um comentário