sábado, 5 de dezembro de 2009

Newsletter Mundo Sénior 04 Dezembro 09



Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2009
PORTUGUESES ADMITEM QUE NÃO PENSAM NA REFORMA

A maioria dos portugueses tem consciência de que, com a chegada da reforma, aumentam as dificuldades económicas. No entanto, de acordo com o Diário Económico, a maioria admite que praticamente não pensa sobre a questão e entrega ao Governo o ónus de proporcionar às pessoas um nível de vida adequado depois da reforma. Estas são apenas algumas das conclusões retiradas do “Inquérito sobre opiniões e atitudes dos portugueses face à poupança/reforma”, um estudo realizado pelo ISCTE e promovido pela Fidelidade Mundial. As novas regras de cálculo das pensões de reforma entraram em vigor em Janeiro de 2007. E, desde então, têm sido muitos os alertas de entidades públicas e privadas para a perda de poder de compra que as novas pensões irão acarretar. Apesar disso, e da maioria dos estudos apontarem para perdas de 25% a 50% do salário no momento da reforma (por meados de 2050), mais de 22% dos entrevistados estimam que o valor da reforma chegará aos 80% do último salário e quase 13% acreditam mesmo que irão continuar a receber 100% ou mais. No entanto, os portugueses demonstram pouca confiança no sistema de segurança social, uma vez que apenas um quarto dos inquiridos acredita que a segurança social ainda vai estar a funcionar adequadamente quando chegar a altura de se reformar.

10% DOS IDOSOS PORTUGUESES SOFREM DE DEPRESSÃO

A depressão afecta 6 a 10% da população idosa em Portugal. Embora não existam estudos nacionais, estas são estimativas internacionais que os especialistas acreditam estar próximas da realidade, noticia o DN. Mas estes números podem subir ainda mais, uma vez que os médicos estão cada vez mais alerta para diagnosticar o problema, sublinha o psiquiatra Horácio Firmino. "Um dos grandes problemas da depressão geriátrica é a dificuldade de diagnóstico. Alguns médicos consideram que a tristeza e a apatia sentida por alguns idosos é característica da idade e não um sinal de depressão", alerta o especialista. Por isso, Horácio Firmino, da Associação Portuguesa de Gerontopsiquiatria (APG), lembra que é preciso estar a atento quando estes doentes procuram os cuidados de saúde primários, com queixas físicas como cansaço e outros sintomas menores. Estes sintomas podem ser sinal de uma doença psicológica como a depressão e estes são os médicos que têm o primeiro contacto com estes doentes.

SÓ 50 NOVAS CAMAS PARA PALIATIVOS EM DOIS ANOS

Há pelo menos 60 mil portugueses a precisar de cuidados paliativos mas nos últimos dois anos, quando o Governo começou a apostar nesta área, apenas foram criadas 40 a 50 camas para prestar estes cuidados, de acordo com o DN. Quem o reconhece é Alice Cardoso, coordenadora do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para acompanhar o programa de cuidados paliativos no País, que não se reúne há um ano. Segundo a coordenadora do grupo, apenas existem 110 camas de cuidados paliativos no País, 10 a 20% das necessárias e um terço das equipas que deveriam apostar nestes cuidados a doentes terminais e crónicos nos hospitais. O último relatório da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados (UMCCI), durante o primeiro semestre do ano foram criadas mais onze camas destinadas a doentes em fim de vida. O próprio documento refere que esta foi a área em que o investimento mais ficou aquém dos objectivos. Apenas 12,5% dos 7,7 milhões de euros programados foram investidos.

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