segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Newsletter Mundo Sénior 23 Agosto 10











Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010
RASTREIO OFTALMOLÓGICO OBRIGATÓRIO TODOS OS ANOS
De 4% a 5% é a percentagem de novos casos, por ano, de diabéticos que precisam de consulta oftalmológica para tratar problemas resultantes da doença. Um número, mesmo assim elevado, ao qual só será possível chegar se os programas de rastreio funcionarem de forma continuada no tempo. De acordo com o Estudo da Prevalência da Diabetes em Portugal, mais de 900 mil portugueses sofrem desta doença. Cerca de 11,4% apresentam retinopatia, ao qual acresce um total de 2,3% que são cegos ou amblíopes. Nas regiões onde existem rastreios, os números falam por si. "Na zona centro, da primeira vez que se fez o rastreio, 15% das pessoas precisavam de consulta oftalmológica. Da segunda, foram 10%. Na terceira ronda, já eram cerca de 4% as pessoas que necessitavam de consulta médica. Este será o número normal de novos casos por ano. O que se apanhou anteriorm ente foram os doentes acumulados que não tiveram acesso a rastreios e que não sabiam ter problemas. É o problema dos atrasos", diz ao DN José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes. O especialista não hesita em afirmar que 4% a 5%, mesmo sendo o número distante do detectado no início dos rastreios, é uma percentagem muito elevada. "É por isso que se exige que o rastreio seja anual, o que neste momento não acontece, de forma a detectar os problemas precocemente e encaminhar para os hospitais os casos mais complicados", defende.
VOLUNTÁRIOS TROCAM A PRAIA PELA COMPANHIA AOS MAIS VELHOS
Ádama tem 17 anos e Sara 22. Ambas estão como voluntárias no Centro de Convívio do Bairro do Rosário, em Cascais, ao abrigo de um programa de voluntariado promovido pela autarquia. O Cultura Social destina-se a proporcionar aos mais novos experiências na área de apoio social, cultural, protecção civil e animação de tempos livres e conta com cerca de 200 participantes. Foi lançado neste ano, mas é apenas um dos três programas de ocupação da juventude que decorrem no Verão. "Jogamos, passeamos, tomamos o chá. Ajudamos a passar o tempo. É muito gratificante", afirma Sara, que quer ser professora e até já tem experiência de trabalho com idosos, adquirida no curso de Acção Social. À pergunta se os jovens têm paciência para a terceira idade responde que sim. "É bom aprender com os mais velhos. Mas também há jovens e jovens", reconhece e sta aluna do ensino superior, para quem os amigos olharam com curiosidade quando explicou que ia passar parte do Verão num centro de convívio. Para Ádama, a opção por um voluntariado em tempo de férias tem uma explicação clara. "Se não estivesse aqui, estava a fazer... porcaria!", admite a jovem que vai agora para o 10.º ano e sonha seguir Medicina. Além de ganhar experiência e também algum dinheiro - o programa prevê um pagamento diário de 10 euros -, com esta acção Ádama sossega os pais, que sabem que aqui está a aprender e não está a "fazer asneira". Acompanhar os mais velhos não é sacrifício nem novidade. "Tenho a minha avó em casa. Sei como é e já estou habituada", diz ao DN, com naturalidade. O dinheiro ganho também já tem destino: começar a tirar a carta de condução.

BARCELOS: INDEFINIÇÃO PODE FECHAR CENTRO SOCIAL DE DURRÃES
O Centro Social de Durrães pode vir a fechar portas em Setembro, altura em que seria mais natural que as abrisse para novo ano escolar. A indefinição decorre da falta de respostas do Estado e da autarquia local que colocam em risco a continuidade de um serviço que é apontado pelos utentes como “exemplar”. No que diz respeito aos apoios financeiros, José Maciel, presidente da instituição, queixa-se das “burocracias”, dos “despachos e mais despachos, com prazos de resposta curtos e dos quais não obtemos respostas. A instituição pode ter que vir a parar em Setembro”, explica, ao mesmo tempo que denuncia a possibilidade de cancelamento do apoio financeiro da Câmara de Barcelos para a alimentação. “Com a transferência desse serviço para empresas privadas, que não reúnem o mesmo tipo de qualidade alimentar a troco de 1,46 euros, a aut arquia ameaça com o cancelamento do apoio, como se de um capricho pessoal estivéssemos a falar”, destacou José Maciel. O Centro Social de Durrães, com 21 colaboradores ao seu serviço, assegura o bem-estar de 87 crianças e 35 idosos. “A instituição surgiu há 11 anos, para dar apoio, após termos verificado que não havia qualquer resposta às famílias de Durrães”, explica ao JN o presidente da instituição. Perante o re-ordenamento que o concelho de Barcelos está a atravessar, que se estende do ensino à saúde, José Maciel afirmou que esta situação está a colocar em causa o futuro do Centro Social.

RISCOS DA UTILIZAÇÃO EXCESSIVA DE APARELHOS DE AR CONDICIONADO
O ar condicionado tornou-se um equipamento trivial em escritórios, habitações, estabelecimentos comerciais e automóveis. Mas, com esta vulgarização, começam a aparecer também cada vez mais queixas. São os doentes com alergias respiratórias, como asma e rinite, que pior reagem à refrigeração artificial, mas até os mais saudáveis podem manifestar mal-estar e desconforto, das crianças aos idosos, avança o DN. Embora não disponha de dados estatísticos, o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, Mário Morais de Almeida, mostra-se preocupado: "Entre os doentes que sigo com doenças alérgicas é muito frequente a referência ao ar condicionado como factor de agressão das vias aéreas, nomeadamente no meio laboral. A referência à falta de manutenção é também demasiada e inexplicavelmente frequente". Embora os médicos encontrem vantagens na utilização do ar condicionado, nomeadamente na diminuição da mortalidade intra-hospitalar e no aumento da produtividade durante as vagas de calor, aconselham muita moderação. "Deve evitar-se a exposição a grandes variações térmicas", explica o alergologista. Mas não é apenas ao nível das vias respiratórias que a exposição exagerada ao ar condicionado provoca reacções adversas. "Se não existir renovação de ar, estes aparelhos podem levar a uma secura ambiental extrema, a qual se pode tornar muito agressiva, quer para as mucosas, quer para a pele", indica Morais de Almeida.

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